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A mostrar mensagens de janeiro, 2024

Dois milhões de faltas por ano

Saiu ainda esta semana um estudo que diz, que no nosso país, em cada dia de escola há onze mil professores a faltar ao serviço. Diz também, que se contabilizarmos todas essas faltas ao longo de um ano letivo inteiro, o número total de ausências, é de cerca de dois milhões de sumiços. O estudo não o enuncia, mas deixa no ar uma certa sensação, assim a modos de como quem não quer a coisa, que talvez nem todas essas faltas se justifiquem por motivos legítimos, ou seja, que muitas delas são dadas, porque em certos e determinados momentos, há alguns professores, que de vez em quando, um dia ou outro, não lhes vai apetecer ir trabalhar.   Calculamos que a larguíssima parte dessas faltas docentes, sejam por motivos perfeitamente legítimos e decentes, nomeadamente, pelos de saúde. Contudo, queremos hoje concentrar-nos na pequena percentagem em que assim não é, por mínima que essa seja. Em síntese, queremos falar-vos sobre aqueles dias, em que um professor não vai trabalhar, simplesment

Para que serve a educação? Para zazieguear dans le metro

    Hoje em dia todos citam abundantemente. É só ir dar uma volta pelas plataformas digitais, redes sociais e blogues, citações é o que não falta. Há de tudo e para todos os gostos. Mas nós vamos ser originais a citar. Vamos citar o que ninguém cita, ou seja, uma passagem do livro de 1959 de Raymond Queneau, “Zazie dans le métro”: “O ser ou o nada, eis o problema. Subir, descer, ir, vir, tantas vezes o faz o Homem, e no fim desaparece.”   Agora não vamos ser originais, pois encontram-se também inúmeras citações sobre educação, como por exemplo, uma agora muito em voga do antropólogo, sociólogo e filósofo francês Edgar Morin, que nós vamos repetir: "A educação deve ser um despertar para a filosofia, para a literatura, para a música, para as artes. É isso que preenche a vida. Esse é o seu verdadeiro papel."   Entre muitas outras coisas, talvez o que a citação de Edgar Morin nos queira dizer, é que as vidas preenchidas são as plenamente vividas no presente e que é

Antigamente é que era, ai que saudades dos cinemas, ai que saudosismo da escola…

É reconfortante ver que apesar das modernas tecnologias digitais, de norte a sul, nas cidades e nos campos, nas altas serras e nos mais longínquos locais, agora como sempre, em cada amanhecer, alguém vai escrever a data a branco giz nos escuros quadros de ardósia deste país. Nas salas de aula da nossa amada pátria, é com a data que o dia de escola se inicia: Lisboa, 27 de janeiro de 2024. Estávamos no dia 23 de abril de 1983, uma data em que tanto quanto sabemos, não sucedeu absolutamente nada de especial. Claro que nesse dia terá nascido gente, assim como também terá falecido. Alguns terão casado, a uns poucos ter-lhes-á saído a lotaria ou feito um treze no totobola. Haverá quem tenha iniciado funções no seu primeiro emprego e, com toda certeza, houve alguém que encontrou um outro alguém, que tão cedo não largou. Mas tudo isso é o que acontece desde sempre a cada data, consequentemente, 23 de abril de 1983 terá sido um dia igual a tantos mais. Mas se nesse dia não sucedeu nada de exce

O rato que há em nós

É um problema de todo o tamanho, a quantidade de vezes que aparecem ratos nas escolas de Portugal. Sem nos esforçarmos absolutamente nada, apenas com uma brevíssima pesquisa, descobrimos imediatamente dezenas de notícias dos últimos três ou quatro anos, em que o tema é “há ratos na escola”.   Ele foi nas escolas secundárias do Restelo, de Caselas e do Lumiar em Lisboa, na Escola Básica de Vila D'Este em Vila Nova de Gaia, no centro escolar Carvalhal-Mó em Gondomar, em Macedo de Cavaleiros, em Alenquer e bem recentemente também na Escola de São Roque, em Ponta Delgada, nos Açores.   Os casos que acima referimos foram os mais mediáticos, mas são só uma pequena amostra da estreita relação que existe neste país entre ratos e escolas. Se alargarmos o período cronológico da nossa pesquisa, digamos a uma década, conseguimos descobrir muitas mais notícias, de muitas mais escolas, de muitas mais localidades, onde também houve ratos.   Em certo sentido, poder-se-ia dizer, que é q