Existe um lugar ali para os lados do Cais de Sodré, que se chama British Bar. No seu interior há um relógio em que o tempo anda ao contrário. O estabelecimento foi inaugurado em 17 de Fevereiro de 1919, Carlos Botelho, o pintor de Lisboa, frequentou-o, bem como Fernando Pessoa. Em 1997, José Cardoso Pires lançou um livro intitulado “Lisboa, livro de bordo” e nele descreve esse bar dizendo que “Tem um sabor a cais sem água à vista”. Em “Lisboa, livro de bordo”, José Cardoso Pires fala-nos em determinado momento daquilo a que chamamos “fazer horas”, ou seja, dessas ocasiões em que aguardamos por algo ou alguém, ou simplesmente nada temos que fazer. Nesses contextos, ou caminhamos pelas ruas sem destino algum e deixamos que o tempo passe, ou então procuramos um lugar para atracar. O British Bar é o local onde frequentemente aportam marinheiros sem rumo, que navegam pelos passeios e calçadas da cidade sem ir a sítio algum, e que se limitam a distraidamente deixar que os minutos se su...
Como na canção de Ella Fitzgerald, nos Guiões de Aprendizagem que por aqui vamos publicando, queremos ser multidisciplinares, interdisciplinares e transdisciplinares. Mas também falamos de pássaros, de abelhas e até de pulgas. Viajamos desde a vizinha Espanha à longínqua Lituânia. Desde a gélida Finlândia até à ardente Argentina. Let's do it!