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A mostrar mensagens de maio, 2024

Ai esta juventude…

Então não é que, segundo se diz nos jornais, os jovens portugueses correm o grave risco de serem radicalizados? Aparentemente, as causas radicais que os movem, aos jovens bem entendido, são muitas e diversas. Numa pesquisa rápida pela internet, encontrámos imediatamente no Público duas notícias diferentes acerca desse assunto. Na primeira dizia-se que as “Secretas portuguesas identificaram jovens radicalizados no jihadismo”, na segunda falava-se “no crescimento do extremismo de direita nas gerações mais novas e da criação de grupos juvenis deste tipo” . Mas se alguém quiser fazer uma pesquisa mais aprofundada, vai rapidamente descobrir, que o tipo de grupos e movimentos em que os jovens se radicalizam são múltiplos e de sentido oposto. Vão desde o anti-capitalismo ao ativismo climático, passando pelo negacionismo e até ao extremo conservadorismo religioso, isto já para não falar das claques de futebol. Em síntese, causas intensas e ardentes pelas quais lutarem, aos jovens portugu

Mas que mundo é este?

Compreendemos neste momento os docentes que se queixam dos alunos de agora, por eles já não serem como os de dantes, ou seja, atentos, estudiosos e respeitadores. Repentinamente, percebemos com brutal clareza, que o tempo presente pode ser chocante e o único porto seguro que temos é o passado. Ontem, sensivelmente umas três décadas desde a última vez que tal tínhamos feito, pusemo-nos a ver um pouco do Festival da Eurovisão. Não estávamos minimamente preparados para o que vimos, afinal de contas, três décadas é bastante tempo, e talvez por isso, ficámos absolutamente espantados com o que observámos. Não estávamos mesmo nada à espera de uma coisa daquelas, não tínhamos sequer a menor consciência que o mundo da Eurovisão mudara assim tanto em trinta anos. Ainda estamos um tanto ou quanto abalados com o choque. Perguntamo-nos a nós próprios, como é que um certame televisivo que durante décadas era um espetáculo de variedades ligeiro e tradicional, com cançonetas leves, sentimentais e conf

A escola está doente? Serão os professores uns solitários? Ou simplesmente falta a luz?

Em tempos recentes lemos umas quantas notícias de que a escola está doente. Todos os estudos nos indicam que os problemas de ansiedade e de depressão aumentaram claramente nos últimos anos e isto quer em professores, quer em alunos. Temos uma solução? Claro que não. O mais que podemos dizer, é que desconfiamos, que falta a docentes e a discentes uma luz que os oriente e lhes sirva de farol. Não vos falamos de uma luz vinda de fora, ou seja, da chegada de um qualquer iluminado, que qual D. Sebastião, apareça numa manhã de nevoeiro para a todos salvar. Falamos-vos sim de uma luz vinda de dentro, mais concretamente do interior de cada um. De cada um que é professor e de cada um que é aluno. O papel de professores e alunos já não é o mesmo de sempre, mudou completamente. Não só mudou, como promete mudar ainda mais, basta pensar na chamada Inteligência Artificial para se perceber que os tempos vindouros vão ser muito diferentes, não só dos do passado, como também dos do presente. Dito isto,

Experiências imersivas só na banheira.

Há uma moda que se alastra por todo o lado, as exposições imersivas. Só neste momento, há em Lisboa umas quantas, no Porto outras tantas e, por esse mundo afora, muitas mais. Mas o que significa realmente essa tendência, de querermos ver ondas de imagens virtuais de obras de arte para nelas nos afundarmos?   A experiência que esse modo de ver imagens de obras de arte supostamente nos proporciona, é a de um momento único em que todo o nosso olhar é totalmente invadido por visões imensas, que nos deixam completamente submergidos.   No entanto, isso que sucede nessas ditas experiências imersivas com imagens virtuais, é muito diferente daquilo que acontece ao contemplarmos uma obra de arte real, pois a contemplação de algo de físico e concreto exige recolhimento, reflexão e interioridade.   Com efeito, uma exposição imersiva em nada apela à intimidade e à reclusão, muito pelo contrário, nesse caso, tudo o que vemos em nosso redor como que nos arrasta para o exterior. Tudo nos