De quando em vez, deparamo-nos com uma passagem supostamente de cariz motivacional, em que se reza assim: “ Tentar de novo. Falhar de novo. Falhar melhor ”. O autor deste excerto é o dramaturgo Samuel Beckett (1906-1989) e, ou muito nos enganamos, ou há um enorme equívoco no atual e recorrente uso que muitos fazem dessas suas palavras. Com efeito, basta que façamos uma breve pesquisa na internet, para percebermos que essas palavras de Beckett, “Tentar de novo. Falhar de novo. Falhar melhor”, têm sido usadas em todo o tipo de formações profissionais, sessões grupais e terapias psico-emocionais, como se fossem uma espécie de incentivo ou de encorajamento. Seja o ambicioso gestor que tem tentado subir na vida sem grande sucesso mas que não desiste, a criança com dificuldades de aprendizagem, o rapaz com problemas de auto-estima pois as meninas não lhe ligam, a jovem que possuiu talento para artista mas tarda em ser reconhecida, a senhora de meia-idade que anda entediada, o
Como na canção de Ella Fitzgerald, nos Guiões de Aprendizagem que por aqui vamos publicando, queremos ser multidisciplinares, interdisciplinares e transdisciplinares. Mas também falamos de pássaros, de abelhas e até de pulgas. Viajamos desde a vizinha Espanha à longínqua Lituânia. Desde a gélida Finlândia até à ardente Argentina. Let's do it!