Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2025

Escolas da capital e Carnaval: reflexões sobre uma relação complexa e fatal!

É uma coisa mais ou menos habitual, que em Lisboa, as pessoas digam assim: “ nunca gostei do Carnaval” . É estatisticamente improvável, que na capital, alguém afirme, “O Carnaval é tão divertido, é tão giro, adoro!”   Por outro lado, se sairmos de Lisboa e formos por exemplo até Ovar, Loulé, Espinho ou, mais que não seja até Torres Vedras, é muita a gente desses locais que adorará o Entrudo. Isto, já para não falarmos em irmos para sítios fora da nossa amada pátria, como por exemplo, Veneza, Nova Orleães ou o Rio de Janeiro, tudo cidades onde o Carnaval é rei.   Em síntese, o facto indiscutível, é que em Lisboa, ao contrário do que sucede noutros sítios, pouca gente há que goste do Entrudo. Muito pelo contrário, na capital, existe sim, muito quem considere esta época do ano como uma tremenda parvoíce. Abaixo “O Carnaval do Arlequim” , obra de 1925 de Joan Miró.   Dito isto, estamos perante um problema, ou seja, se em Loulé, Ovar, Espinho e Torres Vedras, o Carnaval é um d...

Cultura para todos, sobretudo para os super-ricos!

  Hoje vamos falar-vos dos super-ricos, que é assunto do qual nós percebemos muito, apesar de sermos apenas remediados e termos somente o suficiente para comermos e bebermos todos os dias. Desde os Anos 80 até há bem recentemente, havia um barómetro infalível de riqueza e opulência: a Hermès Birkins. Quem quer que exibisse uma peça dessa marca passava ao mundo uma mensagem muito clara: tinha pago no mínimo de 23 mil euros por ela e deixado uma lista de espera que muitas vezes chegava a dois anos e meio. No entanto, tudo isso mudou, quando os supermercados Walmart começaram a vender uma versão praticamente idêntica da famosa bolsa Hermès Birkins por menos de 100 €. Essas imitações, chamadas Wirkins, começaram a proliferar pelas ruas do mundo e em muito pouco tempo, usar uma Birkin deixou de ser visto como um sinal de luxo e de riqueza, e passou a ser entendido como uma demonstração parola de ostentação. Neste momento, serão muitos os nossos leitores que dirão de si para consigo, “ma...

Palolos, emplastros, Batardas e primeiros-ministros!

Imaginem um dia em que um noticiário televisivo se inicia com as seguintes palavras: vamos já em direto para o Palácio de São Bento, onde o Primeiro Ministro falará ao país tendo por detrás de si um Batarda. Imaginem ainda, que no dia seguinte a esse, a notícia é esta: desta vez o chefe do governo vai dirigir-se à nação, diante de um Palolo. Não são notícias fáceis de se imaginar, pois que na nossa nobre nação, quando são obras de arte que estão por detrás das mais altas figuras do país, quase ninguém liga patavina a isso. Abaixo, o atual primeiro-ministro de Portugal a discursar na sua residência oficial, tendo por pano de fundo um quadro do pintor português Eduardo Batarda (1906-1994). O atual primeiro-ministro, o Luís Montenegro, ao falar ao país a partir do Palácio de São Bento, fá-lo frequentemente defronte de um Batarda, mas já o seu antecessor, o António Costa, há algum tempo que fazia exatamente o mesmo. Eduardo Batarda nasceu em Coimbra em 1943, onde entrou no curso de Medicin...