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Palolos, emplastros, Batardas e primeiros-ministros!


Imaginem um dia em que um noticiário televisivo se inicia com as seguintes palavras: vamos já em direto para o Palácio de São Bento, onde o Primeiro Ministro falará ao país tendo por detrás de si um Batarda. Imaginem ainda, que no dia seguinte a esse, a notícia é esta: desta vez o chefe do governo vai dirigir-se à nação, diante de um Palolo.

Não são notícias fáceis de se imaginar, pois que na nossa nobre nação, quando são obras de arte que estão por detrás das mais altas figuras do país, quase ninguém liga patavina a isso.

Abaixo, o atual primeiro-ministro de Portugal a discursar na sua residência oficial, tendo por pano de fundo um quadro do pintor português Eduardo Batarda (1906-1994).


O atual primeiro-ministro, o Luís Montenegro, ao falar ao país a partir do Palácio de São Bento, fá-lo frequentemente defronte de um Batarda, mas já o seu antecessor, o António Costa, há algum tempo que fazia exatamente o mesmo.


Eduardo Batarda nasceu em Coimbra em 1943, onde entrou no curso de Medicina em 1960, de que viria a desistir três anos depois. Cursou pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (1963-1968) e estudou depois no Royal College of Art em Londres entre 1971 e 1974.

As suas primeiras obras exploram temáticas ligadas a temas eróticos, interpretados com um espírito sarcástico. A polémica e contestação que uma das suas primeiras exposições (na Sociedade Nacional de Belas-Artes em Lisboa) causou foi o ponto de partida da sua muito bem-sucedida carreira artística.
Batarda, posteriormente, em outras mostras, provocou novamente algumas reações bastante excitadas, como por exemplo, aquando da exposição “O Erotismo na Arte Moderna Portuguesa" na Galeria Bucholz, também em Lisboa.

Mais tarde dá-se uma reviravolta na sua obra, que assume então um carácter abstratizante, onde as referências ao mundo real são extremamente diluídas. Batarda passa a centrar-se na exploração das linhas enquanto expressão de movimento, e como ponto de partida para a criação de imagens que procuram sugerir espacialidades indefinidas, que exprimem complexos jogos de tensões sem qualquer significado literal específico.

Tudo isto está muito bem, nada contra, mas a nós, o que nos causa alguma perplexidade, é os dois últimos primeiros-ministros terem escolhido falar à frente de um Batarda. Porquê o Batarda? Porquê um artista, que logo desde o começo da sua carreira esteve envolvidos em vários escândalos? Mas porquê este e não outro? Porquê?

Não temos resposta para nenhuma das nossas interrogações, no entanto, mais perplexos ficámos ainda, quando tomámos consciência de que os juízes do Tribunal Constitucional, há muito que fazem o mesmo, ou seja, quando aparecem à frente do país nos jornais ou nas TV’s, têm por detrás um Batarda.

Para alguém menos atento, chamamos à atenção que os juízes do Tribunal Constitucional fazem o mesmo que os dois últimos chefes do governo, mas que o Batarda não é o mesmo.
É reparar nas linhas e percebe-se imediatamente que as espacialidades indefinidas e os complexos jogos de tensões são distintas num e noutro Batarda. Dir-se-ia que o Batarda da residência oficial do primeiro ministro é uma coisa em forma de nem cozido nem assado, e o Batarda do Tribunal Constitucional é mais uma coisa em forma de assim, para citar uma célebre expressão do grande poeta Alexandre O’Neill.


Todas estas nossas considerações surgiram-nos, porque ao longo da última quinzena, volta não volta, vemos nos noticiários televisivos o atual primeiro-ministro na sua residência oficial defronte de um António Palolo e não apenas do Batarda.

Pesquisámos e pesquisámos na internet e não conseguimos encontrar uma única imagem do chefe do governo junto ao Palolo, isto apesar das TV’s já terem transmitido umas quantas.

Mas dito isto, a nossa questão é a seguinte: o que terá sucedido? Desde o início do seu mandato o atual primeiro-ministro aparecia sempre e fielmente diante de um Batarda, e agora, assim do nada, de repente, sem aviso prévio, começa também a surgir à frente de um Palolo?
Mas que conversa vem a ser esta? Isto agora é assim, muda-se de pano de fundo e não se diz nada a ninguém? Isto agora é tudo à vontade do freguês?

Abaixo o Palolo que tem sido visto na companhia do primeiro-ministro, e que muito sugestivamente tem por título “O Jardim das Delícias”.


Na realidade, o anterior primeiro-ministro, o Costa, também tinha o hábito de quando em vez aparecer junto a outras obras de arte na residência oficial, para além do já referido quadro do Batarda.

Fomos mais uma vez pesquisar, e no caso do António Costa o que não falta são imagens dele com outras (obras de arte, entenda-se). Na imagem abaixo podemos vê-lo todo regalado a descer a escadaria do Palácio de São Bento com uma obra de Paula Rego não muito longe dele.

O escândalo é tanto maior, pois vai acompanhado pela sua esposa, que tal como ele, olha para o alto e faz de conta que não vê, que logo ali lado, está um quadro da Paula Rego.

Então não era da mulher do Costa lhe dizer, mas o que é isto ó António? Então agora apareces em público sem teres por detrás o Batarda? E ainda por cima ao lado de um quadro da Rego?! Mas que pouca-vergonha vem a ser esta? É umas (obras de arte, entenda-se) a seguir às outras? Vê lá se tomas tino, ó António!


Com o aprofundar da nossa pesquisa, descobrimos que o anterior primeiro-ministro não tinha limites. Então não é que apareceu diversas vezes ao país com o Batarda por trás, mas simultaneamente com um tapete, cujo desenho é da Maria Keil, pela frente? E como se isso fosse pouco, na parede do seu lado esquerdo tinha ainda um quadro de Vieira da Silva!

É ou não é um escândalo, este autêntico “ménage à trois” que em tempos aconteceu em São Bento?


Em boa verdade, com as mais altas figuras do estado português, não há descanso. Por exemplo, o presente Presidente da Assembleia, José Aguiar-Branco, era suposto acompanhar com a figura escultórica feminina que representa a República. O habitual e normal é vermos por trás do Presidente da Assembleia, a marmórea e alva figura da República, com seu leve manto branco e carregando num braço uma esfera armilar, que faz alusão aos imensos feitos da nação lusitana.

Abaixo vemos uma imagem da escultura que representa a República velando pelo destino da pátria amada, pelos dignos deputados democraticamente eleitos, pelo governo e, claro está, pela segunda figura do estado português, o Presidente da Assembleia.


Digam lá se tendo a velar por nós, e por ele, uma obra de arte da categoria e da dignidade da escultura que representa a República, não era do Aguiar-Branco ser recatado? Era, não era, pois claro que sim. Mas não. Bastou uma breve pesquisa para o encontrarmos imediatamente, ainda por cima no exercício das suas funções oficiais, diante de um Nadir Afonso. Aqui fica a prova:


O que lhes vale a todos estes altos representes da nação, é que em Portugal ninguém liga às obras de arte que os enquadram. As gentes querem lá saber. Se for o Emplastro que apareça por detrás dos políticos, aí sim, as pessoas agitam-se logo e põe-se a dizer “olha, olha, olha”, agora se for uma obra de arte, isso tanto lhes faz.


Mas se assim é em Portugal, há sítios onde é de outro modo, como por exemplo, no Reino Unido. O atual primeiro-ministro britânico Keir Starmer decidiu redecorar uma das salas da sua residência oficial, o famoso n.° 10 em Downing Street.

A sala não era uma qualquer, mas sim aquela na qual recebe as mais altas figuras internacionais. Há muito que nessa sala estavam pendurados os retratos da rainha Isabel I (1533-1603) e do famoso explorador Sir Walter Raleigh (1552-1618), todavia, Keir Starmer mandou-os retirar para lá colocar duas telas de Paula Rego, "Study for Crivelli’s Garden" e "Study for Crivelli’s Garden (The Visitation)", ambas realizadas entre 1990 e 1991.

As duas telas figuraram em grande destaque nas fotografias dos recentes encontros de Starmer com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, em Londres. 

Aqui fica uma fotografia do jornal “The Telegraph”, onde se podem observar as duas telas de Paula Rego já colocadas na parede, e mais abaixo a imagem dos retratos retirados.


A redecoração levada a cabo pelo primeiro-ministro britânico fez correr rios de tinta nos jornais e foi motivo para abundantes comentários nas TV’s e nas redes sociais, coisa estranha para nós portugueses, que na verdade só ligamos ao que aparece por trás dos políticos, caso seja o Emplastro.

Dito isto, a nossa recomendação é a de fazermos como o atual primeiro-ministro de Portugal, e que por estes tempos andemos acompanhados por Palolos. Nunca foi tão fácil fazê-lo como agora, basta ir ali para os lados do Campo Grande em Lisboa, entrar na antiga Galeria 111, hoje Centro de Arte Manuel Brito, e ver um conjunto de quarenta e seis trabalhos seus, numa exposição que assinala os vinte cinco anos do seu desaparecimento.


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