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A mostrar mensagens de novembro, 2024

Janelas da alma

É um dito antigo, e tornou-se até um cliché, dizer-se que os olhos são a janela da alma.  Mas, e se fossem sim, as próprias janelas, as janelas da alma? Ao contrário do que possa à primeira vista parecer, não é uma ideia disparatada, pois ao longo da História da Arte, muitas foram as vezes, em que personagens estando a uma janela, ou perto dela, estão a revelar-nos o que lhes vai pela alma. Estranho paradoxo este, em que um personagem está a uma janela ou junto a ela, e mais do que estar a ver o que se passa lá por fora, no exterior, está sim a revelar a quem o vê o seu interior, ou seja, a mostrar o que lhe vai lá por dentro. Não raras vezes, quem está à janela, junto a ela ou perto dela, lê. Na imagem acima o personagem parece ter abandonado o livro que tem sobre os joelhos e ter-se deixado enlevar pelo que vê. Todavia, esse enlevar-se aparenta ter como causa não tanto o que sucede lá fora, no exterior, mas sim o que se passa dentro de si, ou seja, o que imagina. A forma como as cort

Proibir os smarphones na escola? E porque não antes espreitar longamente pelo buraco?

Há por este dias uma vontade imensa de proibir o uso de smartphones e outros dispositivos electrónicos nas escolas. Nós não temos dúvidas nenhumas, de que o uso excessivo de ecrãs não é uma prática minimamente saudável, temos sim muitas dúvidas, que não certezas, de que a proibição seja o melhor caminho a seguir. Podem chamar-nos utópicos, ingénuos ou até líricos, mas cremos que, se enquanto forem crescendo, às crianças e jovens lhes for indo sendo mostrado algo de melhor e de mais interessante para verem, do que aquilo que veem nos seus ecrãs, mais tarde na vida jamais ficarão dependentes de smartphones, de tablets e de outros dispositivos eletrónicos. E o que há de melhor e mais interessante para se ver, que não esteja nos ecrãs? A resposta certa é tudo. Mais concretamente, os mistérios, os enigmas e os segredos que há em tudo o que existe e se pode ver no mundo. Tudo contém em si algo de interessante a revelar-nos, basta sabermos deter o olhar para logo o começarmos a ver numa simpl

Ba…ba…bau…bau…Bauhaus

    A imagem é de uma chaleira, mas não de uma qualquer. A dita chaleira foi desenhada por Marianne Brandt (1893-1983), que foi a melhor e mais genial aluna da escola Bauhaus. Marianne Brandt foi uma pioneira, tendo na escola da Bauhaus frequentado as aulas de pintura de Paul Klee e Wassily Kandinsky, bem como as de design lecionadas por Josef Albers, e ainda as de fotografia dirigidas por László Moholy-Nagy. Para além disso, também andou em dança e escultura. É tudo isto, ou seja, pintura, design, fotografia, escultura e dança, que vemos na chaleira desenhada por Marianne Brandt. Abaixo uma imagem de uma pintura da artista, Marianne, a mesma da chaleira. Na reitoria da Universidade de Lisboa está agora patente uma exposição intitulada “ Bauhaus + Ulm - design e ensino: o impacto da pedagogia no design ”. Como se adivinha pelo título da mostra, o objectivo é dar a ver objectos de design provenientes da escola Bauhaus, e pensar o modo como estes resultaram de uma nova pedagogia de en