É um dito antigo, e tornou-se até um cliché, dizer-se que os olhos são a janela da alma. Mas, e se fossem sim, as próprias janelas, as janelas da alma? Ao contrário do que possa à primeira vista parecer, não é uma ideia disparatada, pois ao longo da História da Arte, muitas foram as vezes, em que personagens estando a uma janela, ou perto dela, estão a revelar-nos o que lhes vai pela alma. Estranho paradoxo este, em que um personagem está a uma janela ou junto a ela, e mais do que estar a ver o que se passa lá por fora, no exterior, está sim a revelar a quem o vê o seu interior, ou seja, a mostrar o que lhe vai lá por dentro. Não raras vezes, quem está à janela, junto a ela ou perto dela, lê. Na imagem acima o personagem parece ter abandonado o livro que tem sobre os joelhos e ter-se deixado enlevar pelo que vê. Todavia, esse enlevar-se aparenta ter como causa não tanto o que sucede lá fora, no exterior, mas sim o que se passa dentro de si, ou seja, o que imagina. A forma como as cort
Como na canção de Ella Fitzgerald, nos Guiões de Aprendizagem que por aqui vamos publicando, queremos ser multidisciplinares, interdisciplinares e transdisciplinares. Mas também falamos de pássaros, de abelhas e até de pulgas. Viajamos desde a vizinha Espanha à longínqua Lituânia. Desde a gélida Finlândia até à ardente Argentina. Let's do it!