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A mostrar mensagens de setembro, 2025

A alegria de se ser analfabeto funcional

María Pombo é uma grande influencer espanhola, talvez a maior. Desde 2015 que se dedica a dizer coisas na internet, actividade em que obtém um imenso sucesso, sendo as suas publicações seguidas por mais de três milhões de pessoas. Arthur Schopenhauer foi um filósofo alemão que viveu entre 1788 e 1860. Escreveu alguns das mais densas obras da história da filosofia e não consta que os seus livros sejam muito vendidos ou lidos. Mesmo havendo quem ainda leia o tipo, esses nunca serão três milhões, nem nada que vagamente se assemelhe. Abaixo uma foto do dito Schopenhauer. María Pombo conseguiu que na passada semana, toda a Espanha e não só, falasse muito dela. Isso sucedeu porque a influencer decidiu falar nas redes sociais dos seus hábitos de leitura, ou melhor dizendo, da ausência deles. María comunicou alegremente ao mundo que não lê livros, e nem sequer o gosta de fazer. Não disse que não tinha tempo, que gosta apenas deste ou daquele estilo ou autor, disse pura e simplesmente que não l...

Queremos um futuro de ordem e disciplina nas escolas e não só! Ou não?

“Yo no sé mañana, Si estaremos juntos, Si se acaba el mundo…” , são assim uns versos de uma das mais célebres baladas românticas de origem latino-americana.  A América Latina, tropical e “caliente”, para além da salsa, do merengue e do Chá-chá-chá, também legou à humanidade o realismo mágico. O realismo mágico é uma corrente literária iniciada em meados do século XX, que se caracteriza por narrativas em que elementos absolutamente fantásticos fazem parte da "normalidade", não existindo no entanto qualquer explicação para assim ser, por mais improvável que tal o seja. O romance “Cem Anos de Solidão” do colombiano Gabriel Garcia Marquéz, é um paradigma do realismo mágico. Vejamos uma passagem desse livro:  “Choveu durante quatro anos, onze meses e dois dias… O céu desmoronou-se em tempestades de estrupício e o Norte mandava furacões que destelhavam as casas, derrubavam as paredes e arrancavam pela raiz os últimos talos de plantações… A atmosfera estava tão húmida que os peixes ...