A foto é de uma montanha que fica lá para os lados do Quirguistão, na Ásia Central. Trata-se de um lugar sagrado, com um profundo significado espiritual. Mas antes de chegarmos a esse longínquo local, passemos por uns quantos não-lugares. Cada vez mais andamos por não-lugares, sítios em que só estamos de passagem para uma outra qualquer parte. Exemplos de não-lugares são as autoestradas, os quartos de hotel, os aeroportos e os supermercados. A expressão não-lugar foi inventada pelo antropólogo Marc Augé (1935-2023), tendo surgido pela primeira vez na sua obra “Non-places: Introduction to an Anthropology of Supermodernity”. Um não-lugar é o oposto de um lugar. Um lugar é um espaço que fortalece a identidade, pois é onde nos encontramos com outros com quem compartilhamos significados sociais e culturais. Os não-lugares, pelo contrário, não são espaços de encontro nem possuem significados. O não-lugar é um local no qual os indivíduos permanecem anónimos e distantes entre si. Num não-lugar...
Aqui há uns tempos, no passado mês de Julho, anunciámos neste blog, que a imprensa internacional estava ao rubro, pois um recente estudo científico publicado no conceituado Journal of Experimental Psychology tinha conseguido definir de uma vez por todas, quais são as características “sine qua non”, para que alguém seja cool. Dissemos então que na América, o The New York Times titulou em grandes parangonas: “What Makes Someone Cool? A New Study Offers Clues” , que em Londres foi o mesmo e o The Guardian anunciou com estilo, “You know it when you see it, experts size up scientists attempt to define cool” , e que aqui mesmo ao lado, em Madrid, também o El Pais difundiu a enorme novidade, “La ciencia de lo cool: las seis actitudes que te hacen irresistible”. Mas dissemos mais, pois dissemos também que em Portugal, esse tão importante estudo científico sobre o que é ser cool, foi olimpicamente ignorado por praticamente toda a nossa comunicação social. Se traduzíssemos o termo cool para por...