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Neste verão, querem lá ver que há fitas (Antes do amanhecer)


Continuamos hoje a nossa já extensa série de textos dedicados às fitas de Verão, estação do ano em que é costume fazerem-se prolongadas viagens em direção a distantes paragens.


É certo que agora as viagens já não parecem ser tão dilatadas, há pacotes com tudo organizado ao milímetro e com horas cronometradas ao minuto, de modo a que os turistas possam ir a qualquer um sítio do mundo sem perder mais tempo do que o suficiente para tirarem muitas fotos, as publicarem nas suas redes sociais, e de caminho comprarem uns souvenirs para depois regressarem a casa contentes e felizes da vida.


Mas daquilo que hoje vamos falar é desses tempos em que a palavra viagem ainda rimava com a palavra aventura, e em que viajar implicava imprevisibilidade e demoradas deslocações e esperas.


Pensemos por exemplo, nessas longas viagens de comboio de tempos não assim tão distantes, que duravam dez, quinze, vinte ou mais horas, e em que nas quais se fazia a travessia de um dia e de uma noite inteira, para se chegar ao destino mesmo antes do amanhecer.



Nessas alongadas deslocações outra coisa não havia para se fazer, do que aguardar pela chegada ao destino pretendido. Eram grandes intervalos em que o tempo se distendia, havendo quem para além de esperar pelo fim da viagem, observasse longamente a paisagem, havendo também quem se pusesse a ler obras literárias amplas e profundas, e ainda quem simplesmente se deixasse levar, embalado por meditações, reflexões e pensamentos.


Afora a extensão da viagem em si mesma, existiam por vezes ocasiões em que se tinham de fazer transbordos e parar numa qualquer longínqua gare ferroviária, onde se ficava então à espera de um outro comboio, que nos conduziria à paragem desejada.


Porém, em não raros momentos, ainda não era essa a paragem final da romagem, sendo tão-somente mais uma etapa, pois ia-se para esse sítio só com o intuito de posteriormente daí se apanhar um navio, um autocarro ou um avião, que por fim nos transportasse ao ponto derradeiro do nosso trajecto.

Estávamos ali pela década de 90 do século passado, Jesse regressava ao Texas após ter passado o Verão inteiro a passear pela Europa, era esse o tempo dos Interrrails. Já Céline vivia em Paris, cidade à qual retornava, após ter ido passar férias com a sua avó, que morava em Budapeste.


Ambos iam no mesmo comboio, mas não juntos, pois nem sequer se conheciam. O comboio dirigia-se para Viena, cidade onde Jesse no dia seguinte apanharia um avião para o Texas, e onde Céline apanharia logo à chegada, um comboio com ligação directa a Paris.


Jesse enquanto viaja lê "All I Need is Love", uma espécie de autobiografia do genial, libidinoso e desregrado actor alemão Klaus Kinsky, um livro que é frequentemente descrito como sendo "pornográfico" e "hedonista”. Céline lê uma trilogia de Georges Bataille que incluiu três títulos, "Madame Edwarda", "Le Mort" e "Historie de L'œil”. Georges Bataille é um escritor inclassificável, que aborda nos seus escritos a relação entre o sagrado, o erotismo e a transgressão.

Enfim, é possível afirmar que liam coisas afins.



Ambos vão concentrados nas suas leituras, reflexões e pensamentos, e de vez em quando espreitam pela janela a paisagem circundante. Não muito longe deles, um casal alemão de meia-idade, que também anda de viagem, discute acaloradamente:


ESPOSA: Podes largar esse maldito jornal e ouvir-me?

MARIDO: É o que eu tenho feito nos últimos trinta minutos? Podes fechar essa boca um bocadinho, por amor de Deus?

ESPOSA: Cala-te tu! Como te atreves a mandar-me calar? É sempre a mesma coisa. Não acredito nisto!

MARIDO: Mas eu não te disse para calares essa boca!


Céline incomodada com o barulho levanta-se, pega na sua mochila e procura um outro lugar para se sentar. Encontra um lugar vago do outro lado do corredor, mesmo em frente a Jesse.Assim que se acomoda, Céline volta ao seu livro, mas nesse momento a esposa levanta-se também e corre pelo corredor afora em direção a uma outra carruagem. Jesse e Céline seguem-na com o olhar e depois olham um para o outro perplexos com o sucedido.


JESSE: Tens ideia acerca do porquê da discussão?

CELINE: O meu alemão não é assim tão bom. Já ouviste dizer que, à medida que os casais envelhecem, perdem a capacidade de se ouvir?

JESSE: A sério?

CELINE: Supostamente, os homens perdem a capacidade de ouvir sons mais agudos e as mulheres perdem a audição nos graves.

JESSE: Deve ser o modo da natureza permitir que os casais envelheçam juntos e não se matem, creio eu.

JESSE: O que estás a ler? (ela levanta o livro)

CELINE: E tu? (ele mostra-lhe o livro)

Nenhum dos dois comenta a leitura do outro.

O tempo vai passando e de vez em quando Jesse e Céline vão trocando umas quantas frases e ideias, depois, e a pouco e pouco, vão falando cada vez mais. Dirigem-se ao bar do comboio, onde conversam longamente acerca de tudo e de nada, até ao instante em que Jesse diz a Céline, que gostaria de a ter conhecido antes, e não apenas nesse momento, precisamente na véspera do seu regresso ao Texas.



O momento chave é quando Jesse propõe a Céline que não apanhe imediatamente o comboio para Paris quando chegar a Viena, mas que passe com ele o resto do dia e a noite que se segue na capital austríaca, e que só se separem ao amanhecer do dia seguinte, no momento em que Jesse vai apanhar o avião para o Texas. Ela hesita, medita, mas acaba por aceitar a proposta.


Para a convencer, Jesse usou uma elaborada e insistente argumentação, com pontos um tanto ou quanto peculiares. Céline ponderou e decidiu acolher os argumentos apresentados. Percebemos nessa cena que Jesse é um romântico que cultiva uma pose de cínico, enquanto Céline aparenta ser romântica, porém tem as suas dúvidas acerca do assunto.

Vejamos então esse momento:



Como já todos terão adivinhado, temos estado todo este tempo a falar do filme “Antes do amanhecer (Before Sunrise)”, obra de 1995, realizada por Richard Linklater, que conta história do breve encontro entre Jesse (Ethan Hawke) e Céline (Julie Delpy).


Uma vez juntos em Viena, Jesse e Céline continuam a conversa. Percorrem as ruas da cidade ao acaso e sem destino certo. Entram num café e começam a falar sobre o seu encontro, mas não de um modo directo e sim como se fizessem um jogo.


Assim como as viagens de outros tempos avançavam demoradamente, com imprevisibilidade e de forma aventurosa, também as relações amorosas de outras épocas tinham as mesmas características. Não eram portanto como agora, em que logo à partida existe um catálogo explícito, que define o perfil desejado, incluindo os atributos e qualidades pretendidas na pessoa “amada”.


Por assim ser, e por Jesse e Céline não serem personagens deste presente tempo, não falam de si mesmos de forma directa e explícita, mas sim com nuances e meio a sério, meio a brincar, vejamos como:



O dia vai avançando, a noite cai, Jesse e Céline deambulam por Viena, e uma vez junto do Danúbio, num dos seus cais, encontram um poeta. Não um poeta qualquer, mas sim um que anda pelas ruas e que escreve poemas a quem passa em troca de uns trocos.


O poeta propõe-se escrever um poema, Jesse e Céline apenas têm de escolher uma palavra que lhe sirva de mote, escolhem a palavra Milkshake. O resultado foi o seguinte:

Limousine Eyelash

Oh, baby with your pretty face

Drop a tear in my wineglass

Look at those big eyes


See what you mean to me

Sweet cakes and milkshakes

I am a delusion angel

I am a fantasy parade


I want you to know what I think

Don’t want you to guess anymore

You have no idea where I came from

We have no idea where we’re going


Lodged in life

Like two branches in a river

Flowing downstream

Caught in the current


I’ll carry you, you’ll carry me

That’s how it could be

Don’t you know me?

Don’t you know me by now?


Na verdade, o tempo não se detém, e o sol nascente acaba por chegar e com ele o momento da despedida. Antes de partirem, Jesse e Céline decidem reencontrarem-se daí a seis meses na estação ferroviária de Viena, o local onde nesse momento se separam.


Decidem também não trocar contactos nem moradas, pois têm uma fé imensa no seu reencontro e por tal planeiam-no assim meio à toa, pouco ligando a possíveis imprevistos, a eventuais demoras ou atrasos. Em síntese, nada organizam, combinam simplesmente o ponto de encontro e deixam o resto ao acaso e à sorte. Feitas contas, entregam-se à aventura.



Se porventura se reencontraram ou não passados os seis meses, é coisa que o filme não nos diz, muito embora agora seja fácil a qualquer um saber o que sucedeu. Mas isso nós não vamos contar, pois que não somos spoilers e, para além disso, gostamos de finais abertos.


E pronto, assim termina mais uma fita de Verão, em breve virá uma outra.

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