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A mostrar mensagens de julho, 2025

De um jardim, pressente-se e vislumbra-se o infinito (2ª parte)

Esterilidade é um possível antónimo para criatividade, finitude é outro. A criatividade pressupõe o vislumbre de algo de infinito em nós, assim como pressupõe o pressentirmos a fertilidade infinda da natureza, do mundo em nosso redor e até do vasto universo. Vislumbrar o infinito e pressentir o quão fértil e imenso tudo o que existe pode ser, faz com que em nós nasçam ideias e sonhos, faz com que obras de arte sejam criadas, faz com que as palavras gerem poemas, faz com que sons se transformem em belas melodias e faz com que jardins sejam imaginados, traçados e da terra levantados. No nosso anterior texto, https://ifperfilxxi.blogspot.com/2025/07/de-um-jardim-pressente-se-e-vislumbra.html , falámos de jardins e de como estes são locais paradisíacos e sítios onde o labor humano e a infinita criação divina se cruzam e se complementam. Um jardim resulta da criatividade sem fim da natureza, e também da infindável criatividade dos homens, e ainda, desse infindo anseio por beleza que presse...

De um jardim, pressente-se e vislumbra-se o infinito (1ª parte)

  Por alguma boa razão, e segundo nos conta a Bíblia, Deus, ao criar o mundo, concebeu o paraíso como sendo um jardim. Éden é uma palavra hebraica cuja tradução para português é deleite ou prazer, e por assim ser, na cultura judaico-cristã um jardim é o lugar por excelência do regozijo, da satisfação e do contentamento. Noutras civilizações, culturas e religiões, os jardins estão igualmente associados a uma ideia de felicidade e de perfeição, sendo portanto esse um sentir universal, ou seja, o de que os jardins são locais paradisíacos. Os jardins são criações humanas, todavia os homens, ao criarem um qualquer jardim, usam para o fazerem a criação divina, o mesmo é dizer a natureza. Significa isto, que um jardim é uma espécie de síntese, na qual se conjugam em perfeita harmonia, o humano e o divino. Um jardim resulta sempre dessa dupla génese, a saber, a do labor criativo dos deuses e a do esforçado engenho dos homens. Acima vemos uma obra de arte de 1860, cujo autor é o pintor nort...