Se a fotografia não tivesse sido inventada, alguém teria de a inventar, pois que sem ela, as nossas vidas seriam certamente bem mais tristes e pobres do que são. Muitas vezes, do muito que nos sucedeu, aquilo que verdadeiramente nos resta, nem são tanto as memórias, mas sobretudo umas quantas fotos. E não é pouco, essas fotos que nos restam, pois elas são momentos das nossas vidas resgatados ao rio do tempo e ao seu contínuo fluir, que consigo tudo leva e arrasta. O tempo escorre-nos velozmente por entre os dedos das mãos, ainda agora éramos crianças e brincávamos no recreio da escola e de repente, não mais do que de repente, passaram-se décadas, quase sem que déssemos por isso. Olhamos para o nosso passado, e como numa velha canção francesa, questionamo-nos sobre “Que reste-t-il de nos amours? Que reste-t-il de ces beaux jours?” . E também, tal e qual como nessa mesma canção, concluímos que, o que agora nos resta desses amores e desses...
Como na canção de Ella Fitzgerald, nos Guiões de Aprendizagem que por aqui vamos publicando, queremos ser multidisciplinares, interdisciplinares e transdisciplinares. Mas também falamos de pássaros, de abelhas e até de pulgas. Viajamos desde a vizinha Espanha à longínqua Lituânia. Desde a gélida Finlândia até à ardente Argentina. Let's do it!