Há muito que
queríamos perceber as razões pelas quais a escola tradicional já não serve.
Explicaram-nos de uma forma simples. Fizeram-nos uns desenhos e nós
compreendemos imediatamente. Afinal era fácil.
Já vos mostramos esses desenhos, antes disso, umas breves considerações.
Há pouco quem se
dedique a pensar o futuro da escola em Portugal. Há muito quem confunda pensar
com dizer coisas, ou seja, com abrir a boca e lá vai disto.
Entre os que muito falam e pouco pensam, há aqueles que vociferam contra o “facilitismo”, seja lá isso o que for.
É uma espécie de tique. Mal se fala na escola do futuro, na necessidade de novos métodos e pedagogias e zás, lá começam uns quantos a esbracejar, a espernear e a gritar: fujam, fujam, que vem aí o facilitismo, vem aí o facilitismo…
O “facilitismo” é um neologismo que pouco ou nada significa, mas que quando é dita numa voz grossa e assertiva, parece querer dizer qualquer coisa.
Mas de que raio se fala, quando se fala de “facilitismo”?
Ainda há bem
poucos anos, Portugal era o país com a maior taxa de retenção escolar de toda a
Europa. Portugal era (e em grande medida ainda o é) o país onde mais difícil
era transitar de ano.
Por consequência, talvez o neologismo que melhor se aplicasse à escola portuguesa, devesse ser antes o “dificultismo” ao invés de o “facilitismo”. Fica a ideia.
Abaixo deixamos-vos uma reportagem da RTP sobre o assunto:
https://www.rtp.pt/noticias/pais/portugal-e-o-pais-europeu-com-maior-retencao-escolar_v1045898
No fundo, o “facilitismo” é uma expressão usada por quem derrama abundantes lágrimas de saudade por modelos escolares baseados em rigores e exigências de tempos idos. Modelos que nada adiantam ao futuro, para já não dizer ao presente.
Mais não vale a pena dizermos, deixamos-vos então os desenhos de que inicialmente vos falámos. Em cerca de um quarto de hora fica tudo explicado, e com desenhos, para ser mais fácil.
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