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Vistas curtas e vistas largas


Há quem goste de ser radical e só veja um lado das coisas. No nosso entender, as posições extremadas revelam sempre as vistas curtas de quem as defende. Há quem tente ver as coisas de diferentes perspectivas, o que também no nosso entender, demonstra as vistas largas de quem assim o faz.

 

Vem isto a propósito de uma exposição dedicada ao plástico que está atualmente patente no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT) em Lisboa.

Relativamente ao plástico, há quem o diabolize, mas também há quem o adore e o use por tudo e por nada. Ambas as posições revelam vistas curtas.

O plástico permite-nos realizar coisas magníficas, mas o abuso do seu uso é causa de grandes catástrofes ambientais. Não deveria ser difícil conciliar estes dois pontos de vista, mas pelos vistos é. Há indústrias ávidas de lucro que se radicalizam na defesa do plástico e há ambientalistas mais radicais que exigem a sua completa abolição. Ninguém ouve ninguém, ignoram-se uns com outros e daí não passam.

 

A exposição “Plástico: Reconstruir o Nosso Mundo” dá-nos a ver essas diferentes perspectivas e vale bem uma viagem até ao MAAT para a visitar. No entanto, nós vamos agora embarcar noutras viagens.

 

Viajemos então até à idílica e típica cidade austríaca de Bregenz. Uma cidade rodeada pelos altos Alpes e que fica mesmo junto ao luminoso e plácido Lago Constança. Foi nessa localidade de lindas e vastas vistas, que se ergueu um museu de arte contemporânea cujo nome é Kunsthaus Bregenz.

O edifício foi concebido por Peter Zumthor e tem uma particularidade, ou seja, a de não permitir que do seu interior, se tenha qualquer contato visual com o exterior. Uma vez dentro do edifício, de tudo o que há no exterior, só nos apercebemos da luz, de nada mais.

A ideia subjacente a esse projeto arquitetónico, é a de que a arte só pode ser devidamente apreciada num espaço visualmente hermético, ou seja, que em termos visuais esteja absolutamente resguardado do exterior.

Para o arquiteto Peter Zumthor, a contemplação de obras de arte pressupõe a existência de um ambiente visual isolado do resto do mundo, um espaço quase sagrado. É quase como se a visita a este museu, fosse uma espécie de retiro espiritual. Como se o museu fosse um templo monástico, onde as coisas mundanas deixaram de ter qualquer importância, desapareceram da nossa vista e apenas a contemplação da arte importa. 

A kunsthaus de Bregenz não tem portanto qualquer janela pela qual se possa admirar a vista dos majestosos Alpes ou a placidez do Lago Constança. Quem a visita, sabe que entrou numa viagem estética-mística e que, exceptuando a luz, todas as outras coisas existentes à face da terra ficaram do lado de fora do museu, longe da vista, abandonadas em favor da contemplação da arte.

 


Deixemos agora a Áustria e viajemos até à capital da Dinamarca. Não muito longe de Copenhague, situa-se o Louisiana Museum. Fica mesmo junto ao mar Báltico. Toda a arquitetura desse museu, bem como os seus espaços exteriores, foram concebidos para que a arte seja contemplada conjuntamente com a natureza.

O edifício do museu tem grandes e amplas janelas, permitindo assim que a todo e a qualquer momento, se aviste a natureza que o circunda e envolve. As obras de arte estão expostas de tal modo, que têm sempre como cenário de fundo, a vista de jardins, de um lago, do céu e do mar.

Entre as paredes e as janelas, há propositadas frestas pelas quais entra o odor das árvores e das flores e também brisas com cheiros de maresia. Assim, mesmo quando no interior do edifício, a sensação é sempre a de que se está no exterior.

Mas mais do que isso, há inclusivamente múltiplas obras que estão expostas ao público ao ar livre, pelo meio dos jardins e com a vista de mar mesmo por defronte. De algum modo, a principal ideia subjacente a este museu, é a de que haja uma total comunhão entre a contemplação da arte e da natureza.

 


A Kunsthaus Bregenz e o Louisiana Museum fundam-se em distintas ideias acerca do modo como a arte deve ser contemplada. No primeiro caso, privilegia-se o recolhimento, a meditação e a interioridade. No segundo caso, opta-se pela abertura ao exterior, por andar ao ar livre e pela comunhão com a natureza envolvente.

 

São concepções distintas, mas de modo nenhum antagónicas. Uma não é mais defensável que a outra, nada de radicalismos. São modos de ver e contemplar diferentes, mas que se completam.

Todos nós temos momentos na vida em que estamos num “mood” meditativo, no qual sentimos a necessidade de estar mais retirados e virados para dentro, tal e qual como temos outros momentos, em que estamos com ânsias de ir por aí afora, “on the road”, e sentir a brisa dos mares, a frescura dos bosques e os horizontes sem fim.

 

Deixemos a Dinamarca e façamos a viagem de regresso a Lisboa. Voltemos para junto do Tejo, para o MAAT.

 

Quando entramos no edifico, descemos uma longa rampa elíptica que finda numa sala oval na qual estamos abaixo do nível do mar. Em certa medida, uma vez no espaço expositivo do museu, estamos completamente resguardados do exterior, só o interior importa.

Já quando subimos à cobertura do museu, situada no topo do edifício, é só o exterior que importa. Sente-se a luz, a força do vento e a cidade e o rio expõem-se diante de nós, estendendo-se por todos os pontos cardeais. A ocidente avista-se o largo oceano e horizontes sem fim.

Poder-se-ia dizer, que o projeto de arquitetura do MAAT, como que faz uma síntese entre as duas experiências estéticas de que antes falámos. Por um lado, o seu interior proporciona-nos o isolamento e o recolhimento necessários à contemplação das obras de arte, tal como na Kunsthaus Bregenz. Por outro lado, o seu exterior permite-nos contemplar tudo o que o envolve: a cidade, a outra margem, o rio, o céu e, lá ao fundo, o mar, tal como no Louisiana Museum.

 


Foi precisamente esta síntese arquitetónica que queríamos dar a experimentar aos nossos alunos. Queríamos proporcionar-lhes uma experiência estética em que não se limitassem apenas a ver as obras expostas, mas também a sentir o espaço do museu, o seu interior e exterior.

 

Independentemente da qualidade das exposições em exibição no MAAT, o que de melhor este museu terá sempre para oferecer a quem o visita, é a sua arquitetura. Por um lado, ao entrarmos, a rampa elíptica leva-nos a um movimento descendente que se dirige para o seu próprio interior, terminando precisamente numa sala oval, ou seja, na mais recolhida das formas naturais, o ovo.

Essa rampa elíptica e essa sala oval, sugerem-nos que a contemplação estética é uma viagem meditativa e espiritual, interior.

Por outro lado, quando cá fora vemos o modo como a arquitetura do MAAT se lança sobre o rio, se prolonga para cidade e como num imenso terraço dá a ver o que a envolve, percebemos que a contemplação estética é também uma viagem para fora de nós mesmos. No fundo, é a atenção com que olhamos para o céu, para casas e estradas e para o mar e para a luz e para tudo.

 

Infelizmente, o serviço educativo do MAAT não tinha propostas de visitas guiadas que contemplassem tudo o que queríamos dar a ver e a experimentar aos alunos. Queríamos dar-lhes a ver a exposição “Plástico: Reconstruir o Nosso Mundo”, mas também queríamos dar-lhes a ver uma rampa elíptica, uma sala oval, a cidade, o vento, o rio, o céu e o mar.

Por assim ser, decidimos então ser nós a pensar e a fazer a visita guiada. O serviço educativo do MAAT não se importou nada com isso, desde que pagássemos as entradas de todos os adultos, ou seja, de professores e assistentes operacionais que acompanhassem os alunos. E isto porque os alunos tinham menos de doze anos, pois caso tivessem mais, também eles teriam de pagar. Não custa quase nada, são apenas nove euros por pessoa.

Sendo o MAAT uma fundação da EDP, empresa que comercializa a energia mais cara da Europa e cujos lucros são astronómicos, compreende-se mal que precise de cobrar entradas de nove euros em visitas escolares. Ou melhor, compreende-se que quem gere o serviço educativo do MAAT é gente de vistas curtas e que não está à altura de um edifício que proporciona tão largas vistas.

 

Viajemos novamente até à Áustria. Basta consultarmos o site da Kunsthaus Bregenz para descobrir que o serviço educativo dessa instituição possui visitas guiadas que não se limitam a explicar as obras de arte expostas e eventualmente a fazer uma atividade de trabalhos manuais, mas que dão também a ver e a sentir a arquitetura do edifício e o seu significado. Em Bregenz, as vistas parecem ser mais largas.

 

Na Kunsthaus Bregenz, quando os espaços não estão ocupados por uma exposição, é também possível que alunos saltem e corram no interior do edifício. Saltar e correr são formas de conhecer o espaço. No MAAT isso seria completamente impossível, pelo menos a avaliar pelo número de seguranças que continuamente acompanham alunos e professores, tendo-os sempre debaixo de vista. A visita ficou assim enriquecida com uma experiência de alta vigilância.

 


Em conclusão, e sem qualquer ponta de ironia, a verdade é gostámos muito de visitar o MAAT e como dissemos no início, vale a pena a viagem.

 

Deixamos-vos o guião que construímos para essa visita ao MAAT e à exposição “Plástico: Reconstruir o Nosso Mundo”:

https://drive.google.com/file/d/1-Eg4_RSeJi5baoMgZSNuk_35pdjXtXXx/view?usp=sharing




 

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