Avançar para o conteúdo principal

Nem toda a gente dá para professor

 

A nós causa-nos imensa estranheza que pouca gente queira ir para professor. Sabemos bem quais as razões apresentadas para assim ser, o desprestígio da profissão, o desgaste, o desgosto e tudo isso, ainda assim, custa-nos a perceber.


Havendo em Portugal falta de quem queira ser professor, no próximo ano letivo, os estagiários também vão poder dar aulas e ter as suas próprias turmas. É esta a grande resolução política da semana na área da educação. Não vamos aqui manifestar-nos nem contra, nem a favor da medida, iremos apenas contar-vos a história de alguém de um outro país, um austríaco, que quis mesmo ir para professor. O nome dessa rara criatura era Ludwig Wittgenstein.


Era uma vez uma pequena aldeia chamada Ottertal, que ficava (e fica) na região alpina da Áustria. Corria então o ano de 1924 e aí havia um grande alvoroço, pois o novo professor primário da terra, não só era um tipo um tanto ou quanto bizarro, como era também bruto.

 

Aquele de quem se fala é de Ludwig Wittgenstein, o professor primário que puxou a orelha a uma das miúdas da escola da aldeia de Ottertal porque a rapariga nada percebia de matemática. Nunca ninguém antes fizera tal coisa.

 

A aldeia era um local tranquilo, perdido por entre os altos Alpes. Em anos passados, já tinha sucedido um anterior professor primário ter berrado com os miúdos, mas jamais alguém se tinha atrevido a tocar numa menina e, ainda por cima, por causa da maldita matemática.

 

Os aldeões tinham muitas razões para desconfiar do novo professor, pois ele era tão diferente deles, que não o conseguiam sequer compreender. Mas quem era afinal Ludwig Wittgenstein, o novo professor primário colocado na típica e pacata aldeia de Ottertal?

 

Abaixo um postal enviado por Wittgenstein a um amigo inglês, onde vemos assinalada a escola onde lecionava (my school) em Ottertal. No reverso do postal Ludwig escreveu assim: “Last night I had a curious experience. I dreamt that on some occasion…” e depois continuou por aí afora contando o que sonhara.


 

Wittgenstein nasceu em Viena, cidade então capital do vasto Império Austro-húngaro, a 26 de abril de 1889. Era o mais novo de oito irmãos. O seu pai possuía a maior metalúrgica austríaca, sendo um dos homens mais ricos do país e até de toda a Europa.

 

A Wittgenstein nada lhe faltou, nem em termos materiais, nem em quaisquer outros. Foi educado pelos melhores professores e desde cedo revelou ter uma inteligência incomum, aos 11 anos construiu sozinho uma máquina de costura. Cresceu amado por todos, quase idolatrado.

 

Viena não era à data apenas a capital de um pequeno país europeu, era então uma vibrante metrópole que competia a nível económico, militar e cultural com as grandes cidades do mundo: Londres, Paris e Nova Iorque. Por lá vivia gente que haveria de marcar para o bem e para o mal a história da humanidade, como por exemplo, Hitler e Freud.

 

Eram visitas frequentes da casa de família, os mais brilhantes escritores, músicos e artistas desse tempo. Strauss, Ravel e Brahms apareciam amiúde para jantar. O seu irmão Paul era um pianista de reputação internacional. A sua irmã Margaret convivia com a “avant-garde” e foi retratada pelo mais ousado e bem sucedido artista daquela época, Gustav Klimt. Em síntese, Wittgenstein vivia rodeado por grandes espíritos e numa cidade que era o epicentro de todas as novidades.


Wittgenstein frequentou as universidades de Berlim e Manchester, tendo estudado mecânica e engenharia e, posteriormente, filosofia. Combateu na Primeira Guerra Mundial, tendo recebido várias condecorações por coragem e bravura.

 

Em 1921 encontra-se em Cambridge, altura em que sai pela primeira vez a público o livro que haveria de o tornar conhecido por todo o mundo, o Tractatus Logico-Philosophicus.

 

Wittgenstein não era modesto e pensava que com o seu Tractatus tinha resolvido de vez todos os problemas filosóficos que existiram, existiam ou viessem a existir. Com a sua obra encerrava para sempre a filosofia, pois nada mais havia para pensar relativamente a essa matéria, ele tinha pensado tudo o que havia para pensar.

 

Estranhamente, ou talvez não, houve muitos a acreditar que Wittgenstein era o último dos pensadores, o ponto culminante de dois mil e quinhentos anos de história do pensamento ocidental. O que tinha começado em Atenas com Sócrates e Platão, terminava com Ludwig.

 

Após a tradução e divulgação do seu Tractatus pelo mundo, o homem tornou-se quase imediatamente um mito. Tratavam-no como se ele fosse um santo. Havia quem viesse de muito longe só para o escutar. Seguiam-no sempre uma série de discípulos, para os quais as palavras dele eram sagradas. Em suma, adoravam-no e consideravam-no o mais sábio dos sábios.

 

Todavia, tendo Wittgenstein constatado que nada mais havia para fazer em filosofia, decidiu procurar outra ocupação. Resolveu então tornar-se professor primário e matriculou-se no respectivo curso de formação.

Nesse curso, recebeu treino nos métodos do Movimento de Reforma da Educação Austríaca, que defendia que a escola, ao invés de impor a simples memorização, deveria estimular a curiosidade natural das crianças, de modo a formar pensadores independentes.

 

Era um professor exigente e rigoroso, mas tinha pouca paciência com as crianças que não mostravam aptidões para perceber o que ensinava. Os aldeões suspeitavam que ele fosse doido, o que levou a uma série de desentendimentos entre Wittgenstein e os pais dos alunos.

 

A situação tornou-se insustentável quando em 1926 puniu fisicamente um aluno. Acabou por renunciar à docência e voltou a Viena convencido de que era um fracasso como professor. Trabalhou depois como jardineiro num mosteiro, chegando a pensar na possibilidade de se tornar monge, mas não levou a ideia avante.

 

Herda a enorme fortuna paterna e depressa se desfaz dela, doando-a aos irmãos e irmãs, “ficarão menos perturbados do que se fossem pobres”, disse então. Em 1929 regressa a Cambridge para ser professor na sua antiga e nobre universidade.


As aulas de Wittgenstein não eram nada convencionais. Segundo os relatos, por vezes parecia simplesmente dizer o que pensava naquele momento; outras vezes, ficava calado e o seu comportamento indicava que estava às voltas com problemas extremamente difíceis, procurando solucioná-los ali mesmo na sala de aula, diante dos alunos.

 

Frequentemente as aulas eram em forma de diálogo: Wittgenstein fazia uma pergunta, aguardava uma resposta e a partir daí tecia considerações, colocando em seguida novas questões. Não raras vezes, Wittgenstein perdia a paciência consigo próprio e dizia coisas como “Sou um estúpido!” e “Este vosso professor é lamentável!”

 

Por tudo isto que aqui fica dito, a única conclusão possível é a de que nem toda a gente dá para professor. Wittgenstein não dava, mas talvez os estagiários dêem, logo se verá.

 

Mas mesmo não dando para professor, o certo é que Wittgenstein deu aulas em que proferiu sábias frases, que com o tempo se haveriam de tornar imortais. Não obstante as suas peculiaridades, os alunos endeusavam-no e registavam tudo o que ele dizia em cadernos que guardavam religiosamente.

Apesar de apenas ter publicado uma única obra em vida, o célebre Tractatus, após a sua morte foram publicados muitos outros livros de sua autoria. Quase todos foram organizados e compostos a partir dos apontamentos dos seus antigos alunos.

 

Há muito quem pense, que a essência da função docente é a de transmitir conhecimento, mas aos estagiários que hão de vir e não só, deixamos a seguinte consideração de Wittgenstein: “O conhecimento é uma ilha cercada por um oceano de mistério. Prefiro o oceano à ilha.”

 

Mais abaixo, citamos uma outra frase de Wittgenstein, que a bem dizer, poderia muito bem servir para alertar os futuros estagiários de que não há disciplinas estanques e importantes e outras que o sejam menos, pois o verdadeiro conhecimento surge da confluência de muitas correntes e coisas diferentes.

 

Nas escolas, nas universidades e não só, há quem acredite haver saberes mais úteis, exigentes e sérios, como por exemplo, os das áreas das ciências e matemáticas. São os mesmos que acreditam, que outros saberes não importam assim tanto e são uma espécie de passatempo, como por exemplo, os das áreas das artes e letras.

 

É uma crença profundamente errada, essa da superioridade da ciência. É certo que água é H₂O, mas para quem tem sede e até para quem não tem, é muito mais do que isso. Aqui fica então a frase de Wittgenstein: “Sentimos que, mesmo depois de serem respondidas todas as questões científicas possíveis, os problemas da vida permanecem completamente intactos.”

 

Por fim, uma última reflexão de Wittgenstein, também dedicada aos estagiários, talvez esta seja a mais válida e útil para todas os pretendem passar os seus dias numa escola: “O humor não é um estado de espírito, mas sim uma visão do mundo”.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Os professores vão fazer greve em 2023? Mas porquê? Pois se levam uma vida de bilionários e gozam à grande

  Aproxima-se a Fim de Ano e o subsequente Ano Novo. A esse propósito, lembrámo-nos que serão pouquíssimos, os que, como os professores, gozam do privilégio de festejarem mais do que uma vez num mesmo ano civil, o Fim de Ano e o subsequente Ano Novo. Com efeito, a larguíssima maioria da população, comemora o Fim de Ano exclusivamente a 31 de dezembro e o Ano Novo unicamente a 1 de janeiro. Contudo, a classe docente, goza também de um fim de ano algures no final do mês de julho, e de um Ano Novo para aí nos princípios de setembro.   Para os nossos leitores cuja agilidade mental eventualmente esteja toldada pelos tantos comes e bebes ingeridos na época natalícia, explicitamos que o fim do ano letivo é em julho e o início em setembro. É disso que aqui falamos, esclarecemos nós, para o caso dessa subtil alusão ter escapado a alguém.   Para além da classe docente, são poucos os que têm esta oportunidade, ou seja, a de ter múltiplas passagens de ano num só e mesmo ano...

Que bela vida a de professor

  Quem sendo professor já não ouviu a frase “Os professores estão sempre de férias”. É uma expressão recorrente e todos a dizem, seja o marido, o filho, a vizinha, o merceeiro ou a modista. Um professor inexperiente e em início de carreira, dar-se-á ao trabalho de explicar pacientemente aos seus interlocutores a diferença conceptual entre “férias” e “interrupção letiva”. Explicará que nas interrupções letivas há todo um outro trabalho, para além de dar aulas, que tem de ser feito: exames para vigiar e corrigir, elaborar relatórios, planear o ano seguinte, reuniões, avaliações e por aí afora. Se o professor for mais experiente, já sabe que toda e qualquer argumentação sobre este tema é inútil, pois que inevitavelmente o seu interlocutor tirará a seguinte conclusão : “Interrupção letiva?! Chamem-lhe o quiserem, são férias”. Não nos vamos agora dedicar a essa infrutífera polémica, o que queremos afirmar é o seguinte: os professores não necessitam de mais tempo desocupado, necessitam s...

Se a escola não mostrar imagens reais aos alunos, quem lhas mostrará?

  Que imagem é esta? O que nos diz? Num mundo em que incessantemente nos deparamos com milhares de imagens desnecessárias e irrelevantes, sejam as selfies da vizinha do segundo direito, sejam as da promoção do Black Friday de um espetacular berbequim, sejam as do Ronaldo a tirar uma pastilha elástica dos calções, o que podem ainda imagens como esta dizer-nos de relevante? Segundo a Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, no pré-escolar a idade média dos docentes é de 54 anos, no 1.º ciclo de 49 anos, no 2.º ciclo de 52 anos e no 3.º ciclo e secundário situa-se nos 51 anos. Feitas as contas, é quase tudo gente da mesma criação, vinda ao mundo ali entre os finais da década de 60 e os princípios da de 70. Por assim ser, é tudo gente que viveu a juventude entre os anos 80 e os 90 e assistiu a uma revolução no mundo da música. Foi precisamente nessa época que surgiu a MTV, acrónimo de Music Television. Com o aparecimento da MTV, a música deixou de ser apenas ouvida e pa...

Avaliação de Desempenho Docente: serão os professores uns eternos adolescentes?

  Há já algum tempo que os professores são uma das classes profissionais que mais recorre aos serviços de psicólogos e psiquiatras. Parece que agora, os adolescentes lhes fazem companhia. Aparentemente, uns por umas razões, outros por outras completamente diferentes, tanto os professores como os adolescentes, são atualmente dos melhores e mais assíduos clientes de psicólogos e psiquiatras.   Se quiserem saber o que pensam os técnicos e especialistas sobre o que se passa com os adolescentes, abaixo deixamos-vos dois links, um do jornal Público e outro do Expresso. Ambos nos parecem ser um bom ponto de partida para aprofundar o conhecimento sobre esse tema.   Quem porventura quiser antes saber o que pensamos nós, que não somos técnicos nem especialistas, nem nada que vagamente se assemelhe, pode ignorar os links e continuar a ler-nos. Não irão certamente aprender nada que se aproveite, mas pronto, a escolha é vossa. https://www.publico.pt/2022/09/29/p3/noticia/est...

A propósito de “rankings”, lembram-se dos ABBA? Estavam sempre no Top One.

Os ABBA eram suecos e hoje vamos falar-vos da Suécia. Apetecia-nos tanto falar de “rankings” e de como e para quê a comunicação social os inventou há uma boa dúzia de anos. Apetecia-nos tanto comentar comentadores cujos títulos dos seus comentários são “Ranking das escolas reflete o fracasso total no ensino público”. Apetecia-nos tanto, mas mesmo tanto, dizer o quão tendenciosos são e a quem servem tais comentários e o tão equivocados que estão quem os faz. Apetecia-nos tanto, tanto, mas no entanto, não. Os “rankings” são um jogo a que não queremos jogar. É um jogo cujo resultado já está decidido à partida, muito antes sequer da primeira jogada. Os dados estão viciados e sabemos bem o quanto não vale a pena dizer nada sobre esse assunto, uma vez que desde há muito, que está tudo dito: “Les jeux sont faits”.   Na época em que a Inglaterra era repetidamente derrotada pela Alemanha, numa entrevista, pediram ao antigo jogador inglês Gary Lineker que desse uma definição de futebol...

Aos professores, exige-se o impossível: que tomem conta do elevador

Independentemente de todas as outras razões, estamos em crer que muito do mal-estar que presentemente assola a classe docente tem origem numa falácia. Uma falácia é como se designa um conjunto de argumentos e raciocínios que parecem válidos, mas que não o são.   De há uns anos para cá, instalou-se neste país uma falácia que tarda em desfazer-se. Esse nefasto equivoco nasceu quando alguém falaciosamente quis que se confundisse a escola pública com um elevador, mais concretamente, com um “elevador social”.   Aos professores da escola pública exige-se-lhes que sejam ascensoristas, quando não é essa a sua vocação, nem a sua missão. Eventualmente, os docentes podem até conseguir que alguns alunos levantem voo e se elevem até às altas esferas do conhecimento, mas fazê-los voar é uma coisa, fazê-los subir de elevador é outra.   É muito natural, que sinta um grande mal-estar, quem foi chamado a ensinar a voar e constate agora que se lhe pede outra coisa, ou seja, que faça...

Luzes, câmara, ação!

  Aqui vos deixamos algumas atividades desenvolvidas com alunos de 2° ano no sentido de promover uma educação cinematográfica. Queremos que aprendam a ver imagens e não tão-somente as consumam. https://padlet.com/asofiacvieira/q8unvcd74lsmbaag

Pode um saco de plástico ser belo?

  PVC (material plástico com utilizações muito diversificadas) é uma sigla bem gira, mas pouco usada em educação. A classe docente e o Ministério da Educação adoram siglas. Ele há os os QZP (Quadros de Zona Pedagógica), ele há os NEE (Necessidades Educativas Especiais), ele há o PAA (Plano Anual de Atividades), ele há as AEC (Atividades de Enriquecimento Curricular), ele há o PASEO (Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória), ele há a ADD (Avaliação do Desempenho Docente), ele há os colegas que se despedem com Bjs e Abc, ele há tantas e tantas siglas que podíamos estar o dia inteiro nisto.   Por norma, a linguagem ministerial é burocrática e esteticamente pouco interessante, as siglas são apenas um exemplo entre muitos outros possíveis. Foi por isso com surpresa e espanto, que num deste dias nos deparámos com um documento da DGE (Direção Geral de Educação) relativo ao PASEO, no qual se diz que os alunos devem “aprender a apreciar o que é belo” .  Assim, sem ...

Dar a matéria é fácil, o difícil é não a dar

  “We choose to go to the moon in this decade and do the other things, not because they are easy, but because they are hard."   Completaram-se, no passado dia 12 de setembro, seis décadas desde que o Presidente John F. Kennedy proferiu estas históricas palavras perante uma multidão em Houston.  À época, para o homem comum, ir à Lua parecia uma coisa fantasiosa e destinada a fracassar. Com tantas coisas úteis e prementes que havia para se fazer na Terra, a que propósito se iria gastar tempo e recursos para se ir à Lua? Ainda para mais, sem sequer se ter qualquer certeza que efetivamente se conseguiria lá chegar. Todavia, em 1969, a Apolo 11 aterrou na superfície lunar e toda a humanidade aclamou entusiasticamente esse enorme feito. O que antes parecia uma excentricidade, ou seja, ir à Lua, é o que hoje nos permite comunicar quase instantaneamente com alguém que está do outro lado do mundo. Como seriam as comunicações neste nosso século XXI, se há décadas atrás ninguém tive...

És docente? Queres excelente? Não há quota? Não leves a mal, é o estilo minimal.

  Todos sabemos que nem toda a gente é um excelente docente, mas também todos sabemos, que há quem o seja e não tenha quota para  como tal  ser avaliado. Da chamada Avaliação de Desempenho Docente resultam frequentemente coisas abstrusas e isso acontece independentemente da boa vontade e seriedade de todos os envolvidos no processo.  O processo é a palavra exata para descrever todo esse procedimento. Quem quiser ter uma noção aproximada de toda a situação deverá dedicar-se a ler Franz Kafka, e mais concretamente, uma das suas melhores e mais célebres obras: " Der Prozeß" (O Processo) Para quem for preguiçoso e não quiser ler, aqui fica o resumo animado da Ted Ed (Lessons Worth Sharing):   Tanto quanto sabemos, num agrupamento de escolas há quota apenas para dois a cinco docentes terem a menção de excelente, isto dependendo da dimensão do dito agrupamento. Aparentemente, quem concebeu e desenhou todo este sistema de avaliação optou por seguir uma de...