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Um Natal transdisciplinar, bonecos de neve, renas, praia, excrementos, museus e sol tudo à mistura.

Não fazem parte da matéria da época natalícia, temas como bikinis, chapéus de sol, protetores solares, noites quentes e outras coisas que tais. Por cá, gostamos de cada coisa no seu lugar, verão é verão, Natal é Natal e nada de misturas.
Mas isso é em Portugal, no resto da Europa, e também nos Estados Unidos e Canadá, porque no que toca à Austrália, é tudo a andar. Por lá, as gentes são muito despachadas e têm uma alma transdisciplinar. Por assim ser, misturam toalhas de praia e árvores de natal e lá vai disto. Tudo a banhos com o papai noel, jingle bell, jingle bell…

Na Austrália, o Natal calha em pleno verão e há muito quem vá para a praia banhar-se e apanhar sol. Desengane-se quem porventura creia, que esta mistura de consoada com areia, resulta tão-somente do globo terrestre ser composto por dois hemisférios opostos. É muito mais do que isso. Os australianos têm verdadeiramente uma alma transdisciplinar e gostam de tirar tudo do seu lugar habitual, misturar, baralhar e voltar a dar.
Por exemplo, durante décadas e até 2010, a Austrália foi um grande produtor de vinho do Porto. Levaram para lá as vinhas, encontraram terrenos com condições equivalentes aos da região do Douro, depois foi só deixar crescer as uvas, esperar pelo tempo das vindimas e exportar vinho do Porto para todo lado.
Mas os australianos não se limitaram a produzir vinho do Porto, produziram também abundante Champanhe e Xerez. Que lhes importava a eles, que o lugar do Champanhe fosse França e o do Xerez Espanha? Nada, é tudo uma festa, jingle bell, jingle bell…
Nada disto era ilegal e havia mesmo quem dissesse que o vinho do Porto australiano era muito melhor de que o feito na região do Douro. Outro tanto se dizia do Champanhe e do Xerez. Em 2009, as exportações de vinhos da União Europeia para a Austrália  atingiram 68 milhões de euros e as exportações da Austrália para a UE chegaram aos 63 milhões de euros, portanto, a coisa esteve ali mesmo taco a taco, quase empatada. Algo que comprova a alma transdisciplinar dos australianos e como são bons a misturar tudo e a tirar coisas do lugar.
Em 2010 a União Europeia pôs tudo no seu respetivo lugar e os produtores australianos de vinhos passaram a estar proibidos de utilizar a designação Porto. Os termos Champanhe e Xerez também deixaram de ser usados. Terminou assim essa aventura transdisciplinar australiana: bye-bye european wine.

Deixemos o vinho, pois há outras aventuras australianas de que vos queremos falar. Se estivermos em Portugal, dificilmente haverá lugar mais longínquo a que possamos ir do que à Tasmânia, uma ilha localizada a 240 quilómetros do sul do continente australiano.
A Tasmânia é um estado autónomo mas não independente, faz parte da nação australiana e tem uma população de cerca de meio milhão de habitantes. Se partirmos agora num avião de Portugal em direção à Tasmânia, demoraremos as próximas trinta e três horas até lá chegarmos, não fica nada à mão de semear.

Quem é que por cá conhece alguém da Tasmânia? Em princípio ninguém. A única personalidade famosa à escala global oriunda de tal local, é o antigo ator de Hollywood Errol Flynn, que nas décadas de 40 e 50 do século XX era o galã das matinés nas salas de cinema, interpretando papéis de heróis de capa e espada, de cowboys, de agentes secretos e de valentes sargentos, entre outros tantos.
Ao contrário de outros atores e atrizes dessa época, não se limitava a interpretar sempre o mesmo tipo de papel, procurando constantemente novos desafios. Viveu inquieto, andando sempre de lugar em lugar. Em certo sentido, como bom australiano que era, tinha também ele uma alma transdisciplinar.
O seu filme de maior sucesso foi Robin Hood. Ao que se diz, tal como o romântico e rebelde personagem da floresta de Sherwood, que roubava aos ricos para dar aos pobres, Errol Flynn também era muito dado a todo o tipo de aventuras e gostava pouco que o arrumassem definitivamente num qualquer lugar, razão pela qual, a sua biografa filmada se intitulou “Tasmanian Devil - The Fast And Furious Life Of Errol Flynn”.
Aqui fica um resumo das suas melhores cenas:

Neste momento, já muitos dos nossos leitores se estarão a questionar, sobre a que propósito estaremos nós para aqui a falar da Austrália e da Tasmânia. A resposta é simples, tal como os australianos, também temos uma alma transdisciplinar.
Neste blog falamos de tudo, sem olhar a lugares. Falamos do que é erudito, do que é popular e até do que é vulgar. Também falamos da antiguidade e da atualidade, do clássico e do moderno, do que se vê nos museus e do que se vê nas TV’s, e ainda do que se passa em Portugal e igualmente do que vai acontecendo pelo resto do mundo.
Não temos propriamente hierarquias e lugares marcados, tanto podemos falar da música de Mozart, como da dos ABBA ou da do Marco Paulo. Podemos falar de ciência, de matemática, de arquitetura, de poesia, de arte ou de futebol, em síntese, somos trandisciplinares, portanto qualquer assunto nos serve, tanto nos faz.
Dito isto, o que mais tem a ver ser-se transdisciplinar, com atravessar o mundo inteiro até à Tasmânia. A resposta está no facto de nesse distante local do mundo existir um museu que é o cúmulo da transdisciplinaridade, o seu nome é Museum of Old and New Art.
Nesse lugar há valiosas peças antigas e outras contemporâneas, há algumas do tempo dos faraós e umas quantas dos aborígenes, mas há igualmente muitas de anónimos artesãos.
Há peças que valem milhões e outras que valem tostões. Peças com milhares de anos e outras dos dias de hoje. Em resumo, há de tudo, sendo que coleção tão transdisciplinar, não é coisa que se encontre em qualquer lugar.

No entanto, não é só a coleção que é transdisciplinar, a forma como está exposta também o é. Lado a lado estão peças de diferentes épocas e civilizações, umas de artistas consagrados e outras de ilustres desconhecidos, umas de elevado valor monetário junto a algumas que não valem nada.
Tudo convive com tudo, mas não de um modo casual ou aleatório, independentemente de todas as diferenças entre as diferentes peças, há temas comuns que as unem.
Num dos espaços expositivos fala-se do céu, da terra e das coisas que estão pelo meio, noutro de cavernas e vulcões. Há também exposições dedicadas a horizontes, a sombras, a reflexos e a espelhos, e ainda ao sexo e à morte. Tudo temas que atravessam todos os tempos e lugares, e que foram trabalhados pelos grandes mestres, como também pelos mais humildes artesãos ou artistas de rua.
No fundo é isso ser transdisciplinar, atravessar os tempos e lugares.
A mais famosa das peças da coleção do Museum of Old and New Art chama-se “Cloaca”. É uma obra do artista Neo-conceptual belga Wim Delvoye e descreve-se num instante. Trata-se de uma máquina que reproduz a digestão humana na perfeição.
Num dos lados da máquina, por uma abertura, coloca-se comida lá dentro, esta vai passando por vários tubos que reproduzem os processos químicos da digestão, até que umas horas depois, do outro lado da máquina, por uma outra abertura, sai matéria fecal.
Quem quiser escutar a explicação da obra pelo próprio artista e verificar o funcionamento da “Cloaca”, pode aproveitar para ver o pequeno vídeo abaixo. Nele o artista fala-nos de como gosta de “alimentar” a sua obra com pratos de alta cozinha dos melhores “chefs” e de como comercializa o produto final de cada digestão na internet, pela módica quantia de 1500 euros a peça, tornando assim acessível a todos a compra de arte contemporânea. Fala-nos ainda do carácter eminentemente transdisciplinar da sua obra, pois que conjuga arte e ciência. É ver:

Como é evidente, uma obra tão radicalmente transdisciplinar só podia estar na Austrália, e mais concretamente na Tasmânia, no Museum of Old and New Art. Mas que ninguém pense que a transdisciplinaridade também não tem os seus problemas por esses lados do mundo.
Neste caso, o que se passa, é que como a máquina trabalho muito, o odor do seu labor espalha-se por todo o lado. A “Cloaca” está exposta numa cave bem funda, mas ainda assim, o cheiro expande-se pelo museu inteiro, proporcionando uma experiência sensorial e imersiva ao seus visitantes, que talvez estes não esperassem.
No entanto, não é por isso que os visitantes não chegam todos os dias aos milhares, vindos de todos os cantos do mundo. Não é portanto um mero odor a matéria fecal, que impede as gentes de concretizar o seu profundo desejo de viver um momento transdisciplinar.
E pronto por aqui terminamos, mas não sem antes dizer, que o Museum of Old and New Art está a preparar uma grande festa de fim de ano. Quem quiser ir é despachar-se, são trinta e três horas de viagem. Com sorte ainda chegam a tempo.
O programa é muito variado e mistura tudo, para além de arte, segundo se anuncia há também “…music all night, grass under your feet, what more could a body need, other than food, beverages and beanbags, but we’ve got those too”.

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