Avançar para o conteúdo principal

Vamos lá ver se isto muda de figura. Ou não.

  


Luzes, câmara, ação. Iniciamos este nosso texto anunciando que hoje elegemos como tema o cinema de animação. Ou não. Talvez tenhamos antes decidido ir variando de tema ao longo do caminho, falando também da luz que nos ilumina, da Checoslováquia e da cidade de Milão, porque não?

 

Em boa verdade, sendo este o dia da eleição, compete-nos a cada um eleger e nós assim o faremos. Mas mesmo que escolhamos ir mudando de assunto de quando em vez, não faz mal, pois provavelmente estaremos sempre a falar de um só tópico, a saber, de mudanças. Em síntese, decidimos ir alternando as temáticas, simplesmente porque assim há mais animação.

 

Inevitavelmente, as palavras que mais se ouvem em campanhas eleitorais são as relacionadas com o verbo mudar. “O país precisa de mudar”, “A mudança que se impõe”, “Uma mudança tranquila”, “Uma mudança transformadora” e outras frases do mesmo género surgem em todas as eleições, seja em Portugal, seja lá por fora. Em resumo, quando há eleições, aqui ou em qualquer lugar, o verbo mudar é um clássico de sempre, isso é coisa que nunca muda.


Mas as palavras derivadas do verbo mudar não aparecem somente em campanhas eleitorais, também abundam nas campanhas publicitárias. Certamente que todos nos recordamos de uma boa meia-dúzia de anúncios que nos incentivaram a mudar de detergente, de carro, de banco ou de refrigerante.

 

A esse propósito, parece que há até um movimento que se leva muito a sério a si próprio, que pretende que a expressão “mudasti”, que teve origem num anúncio de televisão em 2005, seja incluída no dicionário.

Pensando bem, porque não? Afinal de contas os dicionários também mudam e um anúncio de televisão é uma razão tão boa para isso como outra qualquer, ou não?

Dito isto, abandonemos os anúncios políticos e publicitários. Como logo de início anunciámos, vamos mudar completamente de assunto e falar-vos agora de Milão. Um dia, há muitos, muitos anos, passámos por essa cidade. Passámos e não ficámos, íamos de caminho para um outro lugar. Se fosse hoje teríamos feito de modo diferente, pois também nós mudámos.

 

Milão é uma cidade que merece ser vista e admirada, contudo, concorre mal com as suas rivais italianas: Veneza, Florença e Roma. Nos inquéritos e sondagens acerca de qual é a mais linda cidade de Itália, Milão nunca é a eleita. Quando muito fica em quarto ou em quinto. Aqui ficam dois exemplos com os resultados finais desses escrutínios:

 

https://turismo.eurodicas.com.br/cidades-italianas-mais-bonitas/

 

https://www.cidadania4u.com.br/blog/cidades-italianas-para-visitar/

 

Se Milão se mudasse para um outro país, seria certamente a cidade mais visitada e admirada desse país, mas ficando em Itália, permanecerá para sempre ofuscada pelo brilho das outras, passando vagamente despercebida. Lamentamos que assim seja, mas não cremos que alguma vez isso vá mudar, há coisas que mudam, há outras que ficarão para sempre tal e qual como estão.

 

É certo que é a mais rica e próspera das cidades italianas. É igualmente certo, que exibe o glamour próprio de uma cidade considerada uma capital do design e da moda. E por fim, é ainda certo, que é conhecida pelo seu célebre e histórico teatro de ópera, o La Scala, e pelas imensas vitórias dos seus poderosos clubes de futebol, o Inter e o Milan.

 

No entanto, apesar de tudo isso, Milão não tem nem de perto nem longe, a história, o carisma, a beleza e o esplendoroso brilho de outras grandes cidades italianas, como Roma, Florença ou Veneza.

 

Mesmo sendo em Milão que se encontra uma das mais icónicas imagens da História da Arte, “A Última Ceia” de Leonardo Da Vinci, ainda assim, a cidade permanece na sombra das suas congéneres italianas.

 

Compare-se as vastas multidões que acorrem ao Louvre para ver e fotografar a Mona Lisa, obra também ela de Leonardo Da Vinci, com o número de visitantes que vão ver “A Última Ceia”, e percebemos imediatamente que o destino da cidade de Milão não é o de ocupar no palco o lugar principal e de estar sob as intensas luzes da ribalta.

 

Milão brilha, mas de um modo mais ténue. Brilha como a suave e discreta luz que em certos dias pelo ocaso ilumina a sua catedral, “il Duomo”.



O brilho de Milão é tão discreto como o de um dos seus mais ilustres filhos, Giuseppe Arcimboldo (1526-1593), que é um artista quase desconhecido, quando comparado com outros grandes artistas italianos, como por exemplo, Leonardo Da Vinci, Rafael ou Miguel Ângelo.

 

Ao longo dos séculos, por toda a Europa e não só, muitas foram as gentes que batizaram os seus filhos com os nomes de Leonardo, Rafael e Miguel Ângelo. Algumas dessas gentes, talvez nem nada soubessem de arte, nem sequer quem foram esses notáveis personagens, todavia, a verdade é que tais nomes se tornaram comuns e populares, precisamente por causa da fama desses exímios artistas.

 

O esplendor da sua fama era tanto, que em Lisboa, Madrid, Paris e Berlim, desde há cinco séculos para cá não faltam Leonardos, Rafaéis e Miguéis Ângelos. Já Arcimboldos é coisa que não há nem nunca houve nos batizados.

 

Muito embora tenha tido alguma fama enquanto vivo, Arcimboldo foi rapidamente esquecido após a sua morte. Na realidade, mesmo em vida, nem em Milão nem no resto de Itália lhe deram grande crédito, razão pela qual se mudou para Viena e depois para Praga, cidades onde passou grande parte da sua existência. Nesses locais trabalhou para os imperadores Fernando I e Maximiliano II.

 

A absoluta originalidade da arte de Arcimboldo era a de conseguir que tudo mudasse. A sua imaginação compunha quadros nos quais todas as formas e seres se metamorfoseavam, surgindo-nos a uma outra luz.

 

Os peixes não são apenas peixes, nem os crustáceos são somente crustáceos, tal e qual como os pássaros, as chamas em brasa, o carvão, os alces, os esquilos e os leões não são simplesmente aquilo que são. Na arte de Arcimboldo tudo muda de figura, aparecendo-nos com um novo e surpreendente rosto.

 

Abaixo a série os quatro elementos, da qual constam quatro pinturas, “A Terra”, “A Água”, “O Ar” e “O Fogo”.



Arcimboldo pintaria uma outra série, esta dedicada às quatro estações. Há claras relações entre ambas, tanto assim é, que quando apresentou essa sua segunda série, Arcimboldo acompanhou-a com um poema, do qual vos deixamos o seguinte excerto: “O verão é quente e seco como o fogo. O inverno é frio e húmido como a água. O ar e a primavera são cálidos e húmidos e o outono e a terra são frios e secos.”



Há pouco neste texto referimos a cidade de Praga, onde Arcimboldo trabalhou e viveu. Passados alguns séculos desse tempo, Praga tinha mudado muito. No início do século XX era a capital de um novo país que até então nunca tinha existido, e atualmente também já não existe: a Checoslováquia.

 

Foi precisamente em Praga, que em 1934 nasceu Jan Švankmajer. Como quem nos lê já terá reparado, voltámos a mudar de assunto.

 

Jan Švankmajer é provavelmente um dos melhores realizadores de cinema de animação de sempre. Os seus filmes inspiram-se na obra de Arcimboldo e são a perfeita ilustração de como tudo está em constante metamorfose.

 

Um dos seus filmes mais célebres intitula-se “Escuridão, Luz, Escuridão”. Dura sete minutos e inicia-se numa pequena sala de uma casa onde se acende uma luz, seguidamente vários órgãos do corpo humano vão aparecendo, entrando pela porta e pela janela adentro, mudando de figura e adaptando-se uns aos outros, isto até termos finalmente um homem completo, ou seja, que tem olhos para ver, cérebro para pensar, boca para falar, pernas para andar e tudo o mais.

 

Mas uma vez estando completo, o homem constata que a pequena sala da casa onde está é demasiada apertada para o seu tamanho, apaga a luz e o filme termina assim.

Há quem interprete o filme como uma pessimista metáfora da vida humana, primeiro não existimos, depois nascemos e vimos à luz, a seguir crescemos, e no fim a luz apaga-se e morremos. Nós não o interpretamos desse modo, vemos antes alguém que se vai continuamente transformando, mudando e crescendo, sendo que a determinado momento verifica que o local onde está, a pequena sala, já não lhe serve, por isso apaga a luz e muda-se, para um outro lugar onde possa continuar a transformar-se, a mudar e a crescer e a tudo ver sob uma nova luz.

 

E pronto, por aqui terminamos esta deambulação pelo cinema da animação, pela luz, por Milão e pela Checoslováquia, que já não existe. Deixamos-vos com o filme, que temos de ir votar, mais tarde logo se verá o que muda e o que fica tal e qual como está...


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Os professores vão fazer greve em 2023? Mas porquê? Pois se levam uma vida de bilionários e gozam à grande

  Aproxima-se a Fim de Ano e o subsequente Ano Novo. A esse propósito, lembrámo-nos que serão pouquíssimos, os que, como os professores, gozam do privilégio de festejarem mais do que uma vez num mesmo ano civil, o Fim de Ano e o subsequente Ano Novo. Com efeito, a larguíssima maioria da população, comemora o Fim de Ano exclusivamente a 31 de dezembro e o Ano Novo unicamente a 1 de janeiro. Contudo, a classe docente, goza também de um fim de ano algures no final do mês de julho, e de um Ano Novo para aí nos princípios de setembro.   Para os nossos leitores cuja agilidade mental eventualmente esteja toldada pelos tantos comes e bebes ingeridos na época natalícia, explicitamos que o fim do ano letivo é em julho e o início em setembro. É disso que aqui falamos, esclarecemos nós, para o caso dessa subtil alusão ter escapado a alguém.   Para além da classe docente, são poucos os que têm esta oportunidade, ou seja, a de ter múltiplas passagens de ano num só e mesmo ano...

Que bela vida a de professor

  Quem sendo professor já não ouviu a frase “Os professores estão sempre de férias”. É uma expressão recorrente e todos a dizem, seja o marido, o filho, a vizinha, o merceeiro ou a modista. Um professor inexperiente e em início de carreira, dar-se-á ao trabalho de explicar pacientemente aos seus interlocutores a diferença conceptual entre “férias” e “interrupção letiva”. Explicará que nas interrupções letivas há todo um outro trabalho, para além de dar aulas, que tem de ser feito: exames para vigiar e corrigir, elaborar relatórios, planear o ano seguinte, reuniões, avaliações e por aí afora. Se o professor for mais experiente, já sabe que toda e qualquer argumentação sobre este tema é inútil, pois que inevitavelmente o seu interlocutor tirará a seguinte conclusão : “Interrupção letiva?! Chamem-lhe o quiserem, são férias”. Não nos vamos agora dedicar a essa infrutífera polémica, o que queremos afirmar é o seguinte: os professores não necessitam de mais tempo desocupado, necessitam s...

Se a escola não mostrar imagens reais aos alunos, quem lhas mostrará?

  Que imagem é esta? O que nos diz? Num mundo em que incessantemente nos deparamos com milhares de imagens desnecessárias e irrelevantes, sejam as selfies da vizinha do segundo direito, sejam as da promoção do Black Friday de um espetacular berbequim, sejam as do Ronaldo a tirar uma pastilha elástica dos calções, o que podem ainda imagens como esta dizer-nos de relevante? Segundo a Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, no pré-escolar a idade média dos docentes é de 54 anos, no 1.º ciclo de 49 anos, no 2.º ciclo de 52 anos e no 3.º ciclo e secundário situa-se nos 51 anos. Feitas as contas, é quase tudo gente da mesma criação, vinda ao mundo ali entre os finais da década de 60 e os princípios da de 70. Por assim ser, é tudo gente que viveu a juventude entre os anos 80 e os 90 e assistiu a uma revolução no mundo da música. Foi precisamente nessa época que surgiu a MTV, acrónimo de Music Television. Com o aparecimento da MTV, a música deixou de ser apenas ouvida e pa...

Avaliação de Desempenho Docente: serão os professores uns eternos adolescentes?

  Há já algum tempo que os professores são uma das classes profissionais que mais recorre aos serviços de psicólogos e psiquiatras. Parece que agora, os adolescentes lhes fazem companhia. Aparentemente, uns por umas razões, outros por outras completamente diferentes, tanto os professores como os adolescentes, são atualmente dos melhores e mais assíduos clientes de psicólogos e psiquiatras.   Se quiserem saber o que pensam os técnicos e especialistas sobre o que se passa com os adolescentes, abaixo deixamos-vos dois links, um do jornal Público e outro do Expresso. Ambos nos parecem ser um bom ponto de partida para aprofundar o conhecimento sobre esse tema.   Quem porventura quiser antes saber o que pensamos nós, que não somos técnicos nem especialistas, nem nada que vagamente se assemelhe, pode ignorar os links e continuar a ler-nos. Não irão certamente aprender nada que se aproveite, mas pronto, a escolha é vossa. https://www.publico.pt/2022/09/29/p3/noticia/est...

A propósito de “rankings”, lembram-se dos ABBA? Estavam sempre no Top One.

Os ABBA eram suecos e hoje vamos falar-vos da Suécia. Apetecia-nos tanto falar de “rankings” e de como e para quê a comunicação social os inventou há uma boa dúzia de anos. Apetecia-nos tanto comentar comentadores cujos títulos dos seus comentários são “Ranking das escolas reflete o fracasso total no ensino público”. Apetecia-nos tanto, mas mesmo tanto, dizer o quão tendenciosos são e a quem servem tais comentários e o tão equivocados que estão quem os faz. Apetecia-nos tanto, tanto, mas no entanto, não. Os “rankings” são um jogo a que não queremos jogar. É um jogo cujo resultado já está decidido à partida, muito antes sequer da primeira jogada. Os dados estão viciados e sabemos bem o quanto não vale a pena dizer nada sobre esse assunto, uma vez que desde há muito, que está tudo dito: “Les jeux sont faits”.   Na época em que a Inglaterra era repetidamente derrotada pela Alemanha, numa entrevista, pediram ao antigo jogador inglês Gary Lineker que desse uma definição de futebol...

Aos professores, exige-se o impossível: que tomem conta do elevador

Independentemente de todas as outras razões, estamos em crer que muito do mal-estar que presentemente assola a classe docente tem origem numa falácia. Uma falácia é como se designa um conjunto de argumentos e raciocínios que parecem válidos, mas que não o são.   De há uns anos para cá, instalou-se neste país uma falácia que tarda em desfazer-se. Esse nefasto equivoco nasceu quando alguém falaciosamente quis que se confundisse a escola pública com um elevador, mais concretamente, com um “elevador social”.   Aos professores da escola pública exige-se-lhes que sejam ascensoristas, quando não é essa a sua vocação, nem a sua missão. Eventualmente, os docentes podem até conseguir que alguns alunos levantem voo e se elevem até às altas esferas do conhecimento, mas fazê-los voar é uma coisa, fazê-los subir de elevador é outra.   É muito natural, que sinta um grande mal-estar, quem foi chamado a ensinar a voar e constate agora que se lhe pede outra coisa, ou seja, que faça...

Luzes, câmara, ação!

  Aqui vos deixamos algumas atividades desenvolvidas com alunos de 2° ano no sentido de promover uma educação cinematográfica. Queremos que aprendam a ver imagens e não tão-somente as consumam. https://padlet.com/asofiacvieira/q8unvcd74lsmbaag

Pode um saco de plástico ser belo?

  PVC (material plástico com utilizações muito diversificadas) é uma sigla bem gira, mas pouco usada em educação. A classe docente e o Ministério da Educação adoram siglas. Ele há os os QZP (Quadros de Zona Pedagógica), ele há os NEE (Necessidades Educativas Especiais), ele há o PAA (Plano Anual de Atividades), ele há as AEC (Atividades de Enriquecimento Curricular), ele há o PASEO (Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória), ele há a ADD (Avaliação do Desempenho Docente), ele há os colegas que se despedem com Bjs e Abc, ele há tantas e tantas siglas que podíamos estar o dia inteiro nisto.   Por norma, a linguagem ministerial é burocrática e esteticamente pouco interessante, as siglas são apenas um exemplo entre muitos outros possíveis. Foi por isso com surpresa e espanto, que num deste dias nos deparámos com um documento da DGE (Direção Geral de Educação) relativo ao PASEO, no qual se diz que os alunos devem “aprender a apreciar o que é belo” .  Assim, sem ...

Dar a matéria é fácil, o difícil é não a dar

  “We choose to go to the moon in this decade and do the other things, not because they are easy, but because they are hard."   Completaram-se, no passado dia 12 de setembro, seis décadas desde que o Presidente John F. Kennedy proferiu estas históricas palavras perante uma multidão em Houston.  À época, para o homem comum, ir à Lua parecia uma coisa fantasiosa e destinada a fracassar. Com tantas coisas úteis e prementes que havia para se fazer na Terra, a que propósito se iria gastar tempo e recursos para se ir à Lua? Ainda para mais, sem sequer se ter qualquer certeza que efetivamente se conseguiria lá chegar. Todavia, em 1969, a Apolo 11 aterrou na superfície lunar e toda a humanidade aclamou entusiasticamente esse enorme feito. O que antes parecia uma excentricidade, ou seja, ir à Lua, é o que hoje nos permite comunicar quase instantaneamente com alguém que está do outro lado do mundo. Como seriam as comunicações neste nosso século XXI, se há décadas atrás ninguém tive...

És docente? Queres excelente? Não há quota? Não leves a mal, é o estilo minimal.

  Todos sabemos que nem toda a gente é um excelente docente, mas também todos sabemos, que há quem o seja e não tenha quota para  como tal  ser avaliado. Da chamada Avaliação de Desempenho Docente resultam frequentemente coisas abstrusas e isso acontece independentemente da boa vontade e seriedade de todos os envolvidos no processo.  O processo é a palavra exata para descrever todo esse procedimento. Quem quiser ter uma noção aproximada de toda a situação deverá dedicar-se a ler Franz Kafka, e mais concretamente, uma das suas melhores e mais célebres obras: " Der Prozeß" (O Processo) Para quem for preguiçoso e não quiser ler, aqui fica o resumo animado da Ted Ed (Lessons Worth Sharing):   Tanto quanto sabemos, num agrupamento de escolas há quota apenas para dois a cinco docentes terem a menção de excelente, isto dependendo da dimensão do dito agrupamento. Aparentemente, quem concebeu e desenhou todo este sistema de avaliação optou por seguir uma de...