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Calma, é só sexo!


Hoje vamos falar daquilo que toda gente fala, ou seja, de sexo. Mas antes disso, vamos a um assunto preliminar. Num célebre discurso proferido em junho de 2015 na Universidade de Turim, Umberto Eco disse que as redes sociais vieram dar voz a uma “legião de imbecis”, que outrora se limitava a falar num qualquer “bar após uns copos de vinho, sem prejudicar a coletividade.”

Afirmou ainda nessa mesma ocasião, que antes, os imbecis “eram imediatamente silenciados, mas que agora, têm o mesmo direito à palavra que um Prémio Nobel”. Por fim, concluiu que “o drama da Internet é promover o idiota da aldeia a portador da verdade.”

À data destas suas afirmações, foram muitos os que o vieram criticar, por estar a assumir uma posição elitista. Umberto Eco morreu uns meses depois e já não pôde ver como passados uns anos, esses mesmos que então o vieram criticar, vêm agora fazer um “mea culpa”, mostrar-se arrependidos e constatar que afinal ele tinha razão.


Uma das coisas mais engraçadas que as redes sociais nos trouxeram nos últimos anos, foi o modo como de repente questões relacionadas com sexo, num sentido lato do termo, passaram a ser discutidas publicamente. Por todo o lado há gente que defende ferozmente a posição X, e outras gentes que, com igual vigor, defendem a posição contrária, ou seja, a Y.

Basta começarmos a falar de temas como “ideologia de género”, “educação sexual” e coisas desse tipo, para imediatamente as redes ficarem “on fire” e toda a gente ficar super-excitada.

Mas o facto é que com tanta excitação, esse tipo de temas extravasaram para lá das redes sociais e penetraram intensamente em órgãos de comunicação social mais tradicionais, como por exemplo, os jornais e as televisões.

Tendo os ditos órgãos sido intensamente penetrados por esses temas, tais assuntos passaram também para a arena política e para a população em geral. Hoje em dia tornaram-se um tópico recorrente, que surge a qualquer momento, a propósito de tudo e de nada.

Ainda na passada semana, tivemos conhecimento de dois acontecimentos relacionados com questões sexuais, que foram amplamente noticiados. Apenas há uns poucos anos, tais mesmos eventos, seriam coisas despiciendas a que ninguém ligaria patavina, ou considerá-los-ia meras patetices, mas agora não.

O primeiro desses acontecimentos refere-se ao Movimento 4B, uma forma de protesto que emergiu nas redes sociais da Coreia do Sul e que está agora a crescer a olhos vistos na América.

Para quem não sabe, o dito movimento defende que as mulheres devem recusar qualquer tipo de envolvimento sexual com homens. Os quatro B’s em coreano significam o seguinte: bihon (recusa do casamento heterossexual), bichulsan (recusa do parto), biyeonae (recusa do namoro) e bisekseu (recusa das relações sexuais heterossexuais).


O segundo acontecimento deu-se na nossa amada pátria. Foi com pasmo e espanto, que ficámos a saber da existência de uma polémica relativa à cor dos boletins de saúde infantil.
Até à data os boletins eram azuis para os meninos e rosa para as meninas, e a Direcção-Geral da Saúde decidiu que a futura cor do boletim seria amarela, independentemente do sexo da criança. Explicaram que o boletim de vacinação há muito que é amarelo, e que assim ambos os boletins ficariam graficamente alinhados.

Pelas informações disponíveis, tratava-se tão-somente de uma mudança de cor, sem qualquer outra intencionalidade que não fosse essa. Mas nos tempos que correm, basta uma simples mudança de cor, para que haja logo quem fique super-excitado. Por consequência, imediatamente surgiu nas redes sociais um movimento cujo mote é “Não somos todos amarelos”.

A Direcção-Geral da Saúde, por indicação do Ministério da Saúde, recuou na decisão de mudar a cor dos boletins de saúde infantil para amarelo e vai retomar as cores que eram usadas anteriormente, o azul e o rosa.

Mais abaixo, temos a imagem de um quadro de 1970 de Barnett Newman, “Who’s Afraid of Red, Yellow and Blue IV”. A obra foi adquirida em 1982 pela Nationalgalerie de Berlim por um milhão de dólares. Grande parte do dinheiro foi doado pela população berlinense, que contribui ativamente através de uma recolha de fundos para a sua aquisição.

“Who’s Afraid of Red, Yellow and Blue IV” tem uma grande dimensão, 274 x 603 cm, sendo uma obra icónica da arte moderna e contemporânea, razão pela qual, as gentes de Berlim se mobilizaram para a ter no museu da sua cidade.

Uns dias depois de estar exposta ao público, a obra foi atacada por um homem de 29 anos, que se dizia assustado e perturbado com o trabalho de Barnett Newman, alegando que a pintura era perversa e constituía um insulto ao povo alemão.

À época o atacante foi tratado como o criminoso e o idiota que era, tendo sido preso e castigado. Hoje em dia teria centenas de “likes”, milhares de “followers” e com certeza que se formaria um qualquer movimento para o apoiar.


Em Berlim nos anos 80, houve quem conseguisse ver perversidade numa pintura abstrata e ficasse assustado e perturbado, tal e qual como atualmente há quem muito se excite e perturbe com tudo que tenha a ver com sexo, nem que seja apenas de uma forma vaga, lateral e remota.

A diferença é que nos anos 80 e antes, tais gentes estavam isoladas e a população em geral tratava-os como os idiotas que eram, só que agora publicam nas redes sociais as suas baboseiras, e aparece logo uma multidão de imbecis digitais para lhes dizer que sim, que têm toda a razão.

Aqui chegados, vamos ser didáticos e pedagógicos, e explicar a todos aqueles que se excitam enormemente com sexo, que não vale a pena, que é preciso ter calma. Desde a origem da civilização, as questões relacionadas com sexo sempre foram ideológicas e sempre houve políticas educativas públicas relacionadas com esse assunto.

Pensemos por exemplo na antiguidade grego-romana. Se algum dia passearem pelas ruínas das cidades de Herculano e Pompéia, seja nos banhos públicos, nos templos, nos bordéis, nos espaços comunitários ou nas casas particulares, irão inevitavelmente dar de frente com toda a espécie de falos, com dezenas de pinturas que retratam cenas eróticas e com frescos nas paredes que apresentam um vasto catálogo de práticas sexuais, que vão desde as mais comuns até às mais ousadas e inusitadas.

Educação sexual era coisa que não faltava ao povo de Pompéia e Herculano, mas nós como somos um tanto ou quanto tímidos, não vamos aqui publicar tais imagens. Todavia, quem quiser ter uma ideia genérica de quais eram as posições ideológicas (e outras) das gentes de Pompéia e Herculano, pode consultar o site abaixo, que é especializado em questões artísticas.

Para quem eventualmente se assuste ou seja dado a perturbações, desde já avisamos que não são imagens abstratas, pelo contrário, são até bastante explícitas:


Bem sabemos que há muito quem diga que os gregos e romanos da antiguidade clássica era uma gente sem vergonha nenhuma, que não tinha moral alguma e que era sempre a aviar. Sabemo-lo até, porque há muitos movimentos de puritanos nas redes sociais que, cheios de preocupação com o que se vê nos museus dedicados à arte clássica, defendem que as esculturas e outros objetos artísticos grego-romanos deveriam ser guardados, retirados da vista do público e escondidos numa cave.

Nós não concordamos com tais gentes, defendemos antes que há coisas que devem estar sempre à mostra, para que as possamos contemplar.


Colocamos uma questão a todos aqueles, que nas redes sociais acusam a arte da antiguidade clássica de ser vergonhosa e imoral: será que a arte produzida no seio da Santa Madre Igreja, não tem ela também um cariz erótico e não está igualmente envolta em ideologia e em educação sexual?

Viajemos até ao norte de Espanha e ao período românico, que corresponde sensivelmente aos séculos XI e XII. Em quase todas as igrejas medievais da Cantabria, das Astúrias e de outras regiões do país vizinho, podemos encontrar esculpidas na pedra vulvas abertas, grandes falos erguidos, entusiásticos coitos e outras coisas mais.

Tais esculturas eram encomendadas pelas autoridades eclesiásticas e civis, sendo o seu objetivo estimular a reprodução em cada uma dessas paróquias. Nesses tempos, uma pessoa ia à missa, apreciava as esculturas que via na igreja, educava-se, e depois, saía numa enorme excitação religiosa e zás, toca de aplicar afincadamente a ideologia civil e eclesiástica.

Quem quiser ver alguns exemplos dessas santas esculturas que educavam o povo medieval, pode fazê-lo através do site abaixo:


Este tipo de esculturas religiosas, pode também ser visto em muitas igrejas do sul de França, na Alemanha e, claro está, em Portugal, que não somos menos que os outros. Poderíamos dar-vos vários exemplos escultórico-eróticos medievais de origem nacional, mas ficamo-nos por um presente na Catedral de Lamego, que será certamente inspirador para muitos fiéis:


Com isto tudo, creio que já explicitámos o nosso ponto, ou seja, que não vale a pena haver tanta excitação nas redes sociais e não só, de cada vez que se discute questões ideológicas e educativas relacionados com o sexo. Feitas as contas, sexo é um tema tão velho como o mundo, e assim sendo, vamos portanto ter calma.

Para finalizarmos, imaginem uma cidade inteira, com um gigantesco conjunto de templos, cada um deles com milhares de esculturas cujo único tema é o sexo. Esse sítio existe e foi construído na Índia entre 885 e 1125, o seu nome é Khajuraho. Aqui fica um vídeo com o que por tal lugar se pode ver:

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