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A Língua Portuguesa e os seus vários problemas, seguidos de um final feliz, daqueles de improviso.

 


Celebrou-se aqui há umas semanas, o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Em 2019, a UNESCO estabeleceu oficialmente a data de 5 de maio, como sendo aquela dedicada ao português. Facto importante a destacar, é que a comemoração é mundial, ou seja, não se trata de enaltecer apenas a língua que se fala neste canto à beira-mar plantado, mas sim a língua que atravessou mares e oceanos e se fala por todos os continentes existentes à face da terra.

 

O primeiro problema da língua portuguesa, ao contrário do que sucede por exemplo com outras línguas universais como a espanhola ou a inglesa, é que há quem pense que há uma Língua Portuguesa de Portugal, que é superior à Língua Portuguesa do Brasil. 

Tal advém de uma espécie de esquizofrenia, ou seja, por um lado há quem creia que o português de Portugal é o puro e o correcto, mas por outro lado, todos sabemos que a potência internacional do português tem a ver com o facto de ser falado por centenas de milhões no Brasil.   

 


Há certamente muitas formas de elogiar a grandeza da Língua Portuguesa, sendo que, uma delas é celebrando o seu maior e mais talentoso letrista, de seu nome, Chico Buarque de Hollanda.

 

Tal como Sophia, Saramago, Mia Couto, Lídia Jorge, Miguel Torga ou Jorge Amado, também Chico Buarque foi distinguido com o Prémio Camões, o maior galardão relativo à língua portuguesa.

 

O músico, compositor e escritor brasileiro foi distinguido em 2019 e deveria ter recebido o prémio em abril de 2020, contudo, o então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, recusou-se a assinar a documentação necessária para que o artista o recebesse, acabando essa entrega por só ser feita em 2023 e não no Brasil, mas sim em Portugal.

 

Em boa verdade, populistas como o que então ocupava o lugar de presidente do Brasil, não apreciam grandemente palavras delicadas, sensíveis e sofisticadas, como o são as de Chico Buarque. 

Um bom populista prefere sempre que se use a língua de uma forma rude, simples e directa. Aparentemente, tais gentes preferem dizer vulgaridades aos gritos, pois acreditam que estas se tornam mais válidas e verdadeiras, apenas por serem ditas com um mais elevado volume de decibéis, e este é o segundo problema da Língua Portuguesa, ou seja, que haja cada vez mais, quem fale demasiado alto. 

 

Jair Bolsonaro e Chico Buarque são dois exemplos extremos de como se tratar a língua portuguesa. No primeiro caso é à bruta, no segundo com mestria. Assim sendo, não tinha efectivamente sentido nenhum, que fosse o antigo presidente do Brasil a entregar o Prémio Camões a Chico Buarque.

 


É certo que Chico Buarque escreveu uns quantos bons livros, mas o que de toda a sua extensa obra nós mais apreciamos, são as suas canções. Talvez haja quem pense, que uma canção não pode ser uma obra de tão grande categoria e tão erudita como um livro, pois que uma canção é só para se ouvir e pronto, todavia, se alguém assim pensa, engana-se rotundamente.

 

Vejamos uma primeira grande canção de Chico Buarque, que se intitula “Mulheres de Atenas”.

 


A civilização helénica legou-nos obras literárias como a “Odisseia” e a “Ilíada”, assim como as grandes tragédias teatrais. 

Em todas elas há personagens femininas que ficaram para a eternidade, como por exemplo, Penélope, Calypso, Helena ou Antígona. Contudo, e mesmo tendo a canção de Chico Buarque sido escrita no século XX, a verdade é que as suas “Mulheres de Atenas” serão certamente também para sempre.

A canção é um retrato perfeito das damas, parceiras, esposas e senhoras que habitaram a antiguidade clássica. Há belos versos como “Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas, temem pelos seus maridos, heróis e amantes de Atenas…”, ou também, “Quando eles embarcam soldados, elas tecem longos bordados, mil quarentenas, e quando eles voltam, sedentos querem arrancar, violentos carícias plenas, obscenas…”, ou ainda, “Quando eles se entopem de vinho, costumam buscar um carinho de outras falenas, mas no fim da noite, aos pedaços quase sempre voltam para os braços de suas pequenas, Helenas”. 

Ouçamos:

 



Bem recentemente, Chico Buarque foi acusado de ser machista, devido a esta canção que ele escreveu na década de setenta do século XX. É uma acusação completamente despropositada, primeiro porque o cantor tomou ao longo da sua vida múltiplas posições públicas em defesa dos direitos das mulheres, mas tal acusação é sobretudo inapropriada, porque quem a fez confunde as palavras do cantor enquanto intérprete musical de um tema, com as suas crenças pessoais.

 

Quem o acusou, tomou de forma literal, aquilo que era para ser tomado de modo metafórico e poético, e este é o terceiro problema da actual Língua Portuguesa, a literalidade. 

Em resumo, quem o acusou, fez uma daquelas confusões próprias dos tempos que correm, em que já são poucos os que perdem um segundo que seja a interpretar o que lêem, e ao invés limitam-se a tirar conclusões apressadas, literais e completamente erradas.

 

Também esta é uma questão de língua portuguesa, pois saber ler é muito mais do que saber descodificar letras, palavras e frases, é também e fundamentalmente, saber decifrar sentidos não literais e significados não óbvios. No fundo, saber ler é ter a capacidade de sentir e vislumbrar o lado poético e metafórico de uma língua.

 

Uma das canções de Chico Buarque em que é mais explícito esse carácter poético e metafórico da língua, é o tema “O que será” de 1976. Vejamos uns versos:

 

O que será, que será?

Que andam suspirando pelas alcovas

Que andam sussurrando em versos e trovas

Que andam combinando no breu das tocas

Que anda nas cabeças anda nas bocas

Que andam acendendo velas nos becos

Que estão falando alto pelos botecos

E gritam nos mercados que com certeza

Está na natureza

O que será, que será?

O que não tem certeza nem nunca terá

O que não tem conserto nem nunca terá

O que não tem tamanho...

 

Na letra de Chico Buarque nunca se alude literalmente ao que será, diz-se apenas que é alguma coisa que vive nas ideias dos amantes, algo que cantam os poetas mais delirantes e algo que juram os profetas embriagados, mas o que efectivamente será, isso é algo que ficamos sem saber, muito embora talvez todos na verdade o saibamos, só que não de um modo literal. 

 

 

É nesses interstícios insondáveis, que se situam para lá do que é literal e que ficam entre o que se sabe e o que não se sabe, que nascem as mais poderosas metáforas e as mais sublimes poesias. É aí, nesse lugar recôndito, que florescem as mais belas frases e textos de uma qualquer língua. No presente caso, foi nesse sítio pleno de mistérios, que Chico Buarque encontrou as inspiradas palavras da língua portuguesa com as quais escreveu a letra de “O que será”.

 


Dantes escreviam-se longas cartas em português, agora são raras. Actualmente em escrito é tudo dito por email ou por mensagem e de forma muito rápida. Em muitos casos nem palavras se usam, uns quantos emojis, umas tantas siglas e mais umas abreviaturas e ´tá feito, sendo este o quarto problema da contemporânea Língua Portuguesa.

Esta vontade de tudo “escrever” a despachar, não é certamente um bom sintoma, e de algum modo também indica que a Língua Portuguesa está a pouco e pouco a ser substituída por uma espécie de neo-língua digital, que é muito mais pobre e limitada que o já ancestral idioma de Camões.

Mas vejamos então, uma longa carta escrita por Chico Buarque a um seu caro amigo. Atentemos primeiro nas duas primeiras estrofes:

Aqui na terra tão jogando futebol

Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll

Uns dias chove, noutros dias bate Sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

 

Muita mutreta pra levar a situação

Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça

E a gente vai tomando que também sem a cachaça

Ninguém segura esse rojão

Uma vez lidos estes versos, agora nada melhor do que escutar a carta inteira, do princípio ao fim, que Chico escreveu ao seu caro amigo. Terá sido algo que provavelmente não conseguiria ser dito com emojis, siglas e abreviaturas...


E agora vamos para o fim. Todos estes problemas da Língua Portuguesa se podem sintetizar numa coisa só, nessa tristeza muito portuguesa de se querer ser sério, mesmo quando não vale a pena. 

São tantas as escolas e os seus professores que ensinam aos moleques e à garotada que têm de escrever com todas as regras e não podem escrevinhar coisas erradas. Tudo certo, nem vírgulas fora do sítio, nem pontos finais extraviados, e nem sequer parágrafos mal amanhados, consequência disso, ninguém gosta de escrever, sobretudo os miúdos.

Vamos a uma última canção de Chico Buarque na qual ele, em dueto com Nara Leão, vai a pouco e pouco, escavacando a gramática, a sintaxe, e tudo o resto. 

Fica para quem queira ver, que depois avaliará se não há nos orixás um destino mais feliz para a Língua Portuguesa, um em que se improvise, em que se vá falando alegremente, e depois logo se vê o que é que sai, se por um acaso houver erros de sintaxe ou semanticais, de certeza que não haverá grande problema.

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