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Ah meu ganda matalote…


Ganda, como toda a gente sabe, é um termo popular frequentemente usado em Portugal em contextos informais, como por exemplo, quando se diz “ganda amigo”, de alguém com quem se tem uma relação de grande confiança.
Tal expressão também é utilizada de modo literalmente oposto, com efeito, não é de todo em todo invulgar, que quando alguém que nos trama e nos lixa a vida, nos saia logo pela boca fora um enorme “Ah meu ganda filho da…”
 
Matalote é hoje em dia uma palavra pouco usada, que significa, entre outras coisas, marinheiro, camarada a bordo ou companheiro de serviço, também se usa para designar um rapaz já crescido, que está um matulão.

Vem tudo isto a propósito de uma exposição patente no renovado Pavilhão de Portugal em Lisboa, que se intitula “Meu matalote e amigo Luís de Camões”.


Em 2024 assinalou-se o quinto Centenário do nascimento de Camões, contudo, e apesar de ter sido criada uma comissão para esse efeito, durante o passado ano não se fez grande coisa para celebrar o poeta nacional. No entanto, neste presente ano de 2025, há algumas actividades interessantes, e entre elas, destaca-se a referida exposição do Pavilhão de Portugal.
 
Em vida Camões nunca teve muita sorte e, após a morte, também não foi particularmente agraciado pelos astros. Aconteceu-lhe séculos depois de falecido, ser elevado à categoria de poeta nacional, tendo por isso entrado para os currículos escolares, coisa que aniquilou de vez a sua reputação entre os portugueses, apesar de todas as muitas homenagens oficiais.

Gerações inteiras, ao passarem pelos bancos da escola, foram obrigadas a dividir “Os Lusíadas” por orações, uma autêntica tortura curricular, da qual poucos recuperaram. Por via disso, são muitos os nossos compatriotas que, ouvindo falar de Camões, têm um súbito arrepio, logo seguido de um espasmo de dor.

Para se dividir “Os Lusíadas” por orações é necessário primeiro analisar a estrutura da obra, que está segmentada em dez cantos. Cada um deles tem estrofes de oito versos decassílabos, ou seja, as chamadas oitavas, sendo que, cada uma dessas estrofes, contém por sua vez as ditas orações, que tanto podem ser classificadas como principais ou subordinadas.
Resumindo, para não nos alongarmos com este assunto, o facto é que postos diante de toda esta matéria curricular, aos alunos das últimas largas décadas, só lhes apetecia dizer aos seus professores de Língua Portuguesa, “Vão mas é chatear o Camões”.
 
A sabedoria popular diz-nos que a expressão “Vai chatear o Camões”, surgiu a propósito da estátua do dito, que foi erguida mesmo no meio de dois locais afamados da boémia lisboeta.
Nesse contexto, em finais do século XIX inícios do XX, era costume sugerir aos indivíduos que já tinham bebido um (ou vários) copos a mais, que a estátua seria a única “pessoa’” capaz de os aturar, e daí terá nascido a expressão “Vai chatear o Camões”.
 
Abaixo uma célebre cena do filme “O Pátio das Cantigas”, na qual o mítico Vasco Santana entabula uma longa e ébria conversa não com a estátua do Camões, mas sim com um candeeiro de rua. Na realidade, as conversas de ébrios com poetas, não seriam certamente muito diferentes, daquela que Vasco Santana teve com o candeeiro.


Mas voltemos à reputação arruinada do Camões, por via da sua poesia ter sido trucidada ao longo de décadas e décadas, devido à forma abstrusa como foi incluída nos currículos escolares.
O que assim se fez, foi uma autêntica barbaridade, pois transformar os versos de Camões e de “Os Lusíadas” em temas de rigorosas questões gramaticais, foi o mesmo que retirar-lhes de propósito toda a sua magia.

A analogia é directa, imaginemos que alguém vos serve um delicioso pudim, só que, ao invés de deixar que essa prazerosa delícia por vós seja deglutida e digerida, antes disso, vos obriga a recitar todos os ingredientes usados na sua confecção, em que quantidade existem, bem como as calorias que possui e, ainda, o volume de proteínas, gorduras, hidratos de carbono, sais minerais e sabe-se lá que mais, presentes nesse apetitoso doce.

Em síntese, postos perante tal cenário, o mais certo é que já ninguém se quisesse dar ao trabalho de comer o saboroso pudim, e que mandasse ao invés vir para a mesa uns tremoços ou uns amendoins, ficando assim contente e sem demais chatices.

Como todos terão compreendido, nesta analogia, a poesia de Camões e “Os Lusíadas” era o pudim, a sua divisão por orações principais ou subordinadas, era a dispensável informação nutricional.

Abaixo, a irresistível imagem de um apetitoso pudim, para a improvável eventualidade, de porventura alguém não ter percebido a nossa analogia entre poesia camoniana e doçaria.


Estamos em crer, que com esse procedimento curricular em que se transformaram poemas em orações principais e subordinadas, se quis transmitir uma imagem do Camões como sendo um homem sério, austero e formal, alguém digno de ser o mais alto e ilustre representante da grandeza da nação lusitana. Porém, e em boa verdade, o Camões não era nada disso, era sim, um autêntico estroina.

O Luís Vaz passou em Lisboa os primeiros anos da sua vida adulta. Alternava os seus dias entre a corte, onde lhe reconheciam um raro talento e uma vasta cultura literária, e as ruas, vielas e tabernas. Por esses sítios levava uma vida boémia e desregrada, onde o vinho era abundante e, em que também não faltavam, frequentes bulhas e zaragatas.

Não raras vezes, Camões foi detido ou mesmo preso, sendo que o Pátio do Tronco, que se situa às Portas de Santo Antão em Lisboa, foi um dos locais em que cumpriu pena, onde antes ficava uma antiga cadeia.

O local está assinalado e vale a pena ir espreitá-lo, pois fica-se logo a perceber, que a vida de Camões não foi a de um grande e digno senhor, mas sim a de um semi-vagabundo.


As cartas de Camões são um eloquente exemplo de informação disponível desde o século XVI, mas quase sempre completamente ignorada. A correspondência camoniana dá-nos uma imagem do poeta avessa ao discurso oficial e curricular, e isso explica o desconforto que gera na maioria dos académicos, que nem lhes pega, excluem-nas dos seus estudos, dizendo que não importam, que são tão-somente o reflexo de verduras da mocidade.

Todavia, o facto é que as cartas de Camões revelam-nos passagens da vida do homem e descrevem-nos as suas vivências em ambientes marginalizados, e simultaneamente um quotidiano marcado por escândalos, desacatos, convívio com meretrizes e problemas com as autoridades. Em resumo, as cartas dão-nos um retrato que não condiz com a imagem séria que se quer para um símbolo nacional, com direito a feriado e tudo.

Abaixo o excerto inicial de uma carta que Camões escreveu a um amigo, em que logo para começo de conversa, anuncia que não lhe vai falar de coisas sérias (de siso, diz ele), mas sim dar-lhe novas de coisas de folgar.
A carta na verdade é toda ela sobre quais as mulheres mais fáceis que havia por Lisboa à data. O poeta fala em nomes concretos, referindo senhoras novas e velhas que trabalham em bordéis, outras igualmente de todas as idades que estão em conventos e, por fim ainda umas quantas condessas e marquesas.

Sabe-se que o amigo receptor da carta era clérigo algures no reino, necessitando portanto de todas estas informações, para quando viesse a Lisboa saber aonde se dirigir. Aqui fica o começo da dita missiva:

“Por que nem tudo seja falar-vos de siso, após as novas que vos mandei de África e da Índia, que cá soaram, agora vos mando estas de folgar, que à orelha vos hajam de soar melhor, e ainda que escrever-vos isto seja empresa baixa, e de baixo sujeito, pois é praguejar de putas, contudo não terei culpa, senão se ma vós causardes, com me descobrirdes, por que eu pera vós só o escrevo, com quem posso e devo falar tudo, e assi desta cautela de segredo, e não seja necessário ficardes vós culpado comigo, nem eu desculpado convosco, e que eu não seja destas cousas o mais diligente solicitador desta terra: nunca faltam más línguas que vos fazem tudo em que vos pez.”

O certo é que a Camões não lhe faltaram amantes, entre as mais conhecidas contam-se os nomes de Ana de Sá, de D. Violante de Andrade, condessa de Linhares, de D. Catarina de Ataíde, de D. Francisca de Aragão, de Bárbara, de Dinamene e de Inês de Sousa. Para além dessas, há ainda que contar com as suas musas inspiradoras, as célebres Tágides.


Por razão de todas as desventuras em que se meteu em Lisboa, acabou por ser desterrado. Esse exílio forçado levou-o a muitos lugares do mundo, do cabo da Boa Esperança à ilha de Moçambique, de Mombaça a Melinde, passando por Mascate, Ormuz, Damão, Diu, Goa, Cochim, Taprobana (hoje Sri Lanka), Malaca, Molucas, Vietname (foz do rio Mekong) e, por fim, Macau. Feitas as contas, acabou por não ser nada mau.
 
Aventureiro de barba ruiva, e depois cego de um olho, e não raras vezes circunspecto, é esse o poeta não oficial que não cabe nos currículos escolares, que se celebra na exposição do Pavilhão de Portugal “Meu matalote e amigo Luís de Camões”.

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