Avançar para o conteúdo principal

Em criança, todos fomos arquitectos


A imagem acima é do Kachlbauer Art House Museum, que se situa na cidade alemã de AbensbergO edifício foi projetado pelo arquitecto austríaco Friedensreich Hundertwasser (1928-2000).

Nada é mais natural do que sermos arquitectos e isto logo desde pequenos. Em crianças, antes sequer de sabermos ler ou escrever, já todos sabíamos desenhar casas, traçar a forma de edifícios e organizar espaços. Éramos nesses momentos “crianças-arquitectos” e, para o sermos, mais não nos era necessário do que usarmos a nossa imaginação.

Imaginando, inventávamos espaços para brincarmos, com quase nada construíamos casas, estádios de futebol, pistas de automóveis, florestas imensas, universos infinitos e reinos inteiros com palácios e tudo.

Não era indispensável que tivéssemos legos ou qualquer outro brinquedo desses que se compram nas lojas, para conseguirmos erguer arranha-céus ou castelos. Às “crianças-arquitectos” que outrora éramos, bastava-lhes levantar os braços, deixar voar a imaginação, traçar linhas no ar, e de seguida afirmar convictamente “A partir daqui é um castelo. Do lado de lá um quartel, e ali à frente uma casa”.

Mesmo que lá não estivesse nada, sabíamos que tínhamos erguido edifícios tão importantes como a Torre de Pisa, as Pirâmides do Egipto ou o Taj Mahal, com essas linhas imaginárias que apenas com os braços e as mãos traçávamos.


Uma outra opção que possuíamos enquanto fomos “crianças-arquitectos”, era a de desenhar numa qualquer folha de papel um edifício gigantesco numa grande cidade, ou quiçá delinear uma casa perfeita, daquelas com um telhado triangular, uma janela, uma porta e um jardim em redor.


Dir-se-ia que os seres humanos na sua mais tenra idade sempre foram “crianças-arquitectos”, tanto na longínqua China, como em terras de África, como por todas as Américas, como nas altas serras transmontanas ou como num qualquer lugar mesmo aqui ao lado.

Tal como sempre, também actualmente não há criança alguma que não saiba planear, projectar e desenhar uma estrutura arquitectónica. Tanto faz ser uma modesta habitação, como um sumptuoso palácio ou um castelo fortificado, seja lá o que for, o certo é que nenhum pirralho se assusta quando lhe é encomendado um trabalho de arquitectura.


Todavia, ao crescerem, a maior parte das “crianças-arquitectos” deixam de o ser. Aprendem a ler e a escrever, a fazer contas em pé, deitadas ou de cabeça, e começam a pensar que isso sim, é que é o fundamental.
Além do mais, há provas, testes e exames nos quais têm de ler, de escrever e de fazer somas, subtrações, multiplicações e divisões e, feitas todas essas e outras contas, as crianças concluem que não será certamente por desenharem melhor ou pior, que terão como resultado um Insuficiente ou um Excelente.

Em boa verdade, não raras vezes nas provas, testes e exames nem há sequer nada para desenhar, há tão-somente desenhos pré-fabricados para pintar. Quando pela primeira vez as “crianças-arquitectos” têm diante de si uma gravura com uma casa, um castelo, um palácio ou uma qualquer outra estrutura arquitectónica, em que apenas têm de a colorir, é crível que se sintam como alguém que acabou de ser despromovido. Colorir não tem de todo em todo a mesma importância que planear, projectar e desenhar.

Na realidade, quem é despromovida em tais situações é a imaginação arquitectónica infantil, que doravante às crianças só lhe será útil para as suas brincadeiras, pois para coisas sérias como provas, testes e exames, é perfeitamente dispensável. Com efeito, nessas solenes ocasiões, só lhes é pedido para colorir, e quase nunca para planear, projetar e desenhar.


E é assim, que a pouco e pouco, as “crianças-arquitectos” crescem e desaparecem, sendo que, quando chegam à adolescência são já muitas as que afirmam a pés juntos que não sabem desenhar. Nem casas, nem castelos, nem palácios, nem nada, sabiam-no antes, mas agora crêem firmemente já não o saber.

Mais tarde na vida, quando se transformarem em jovens adultos, umas poucas dessas antigas “crianças-arquitectos”, escolherão frequentar cursos de arquitetura, todavia, em grande parte dos casos, para que fim?

A resposta é clara, basta olharmos em volta e verificarmos o que maioritariamente se constrói por vilas e cidades: prédios de escritórios ou de habitação nos quais está ausente o mínimo de imaginação.

Muitos dos arquitectos diplomados esqueceram-se que um dia terão sido “crianças-arquitectos”. De tão esquecidos que estão, limitam-se a traçar estruturas monótonas, assentes apenas na sua função utilitária e na maximização dos lucros imobiliários.

Em síntese, ao invés de planearem, projectarem e desenharem fantasias como quando eram “crianças-arquitectos”, contentam-se com mandar erguer coisas chatas, desenxabidas e desengraçadas, iguais a tantas outras que se erguem por esse mundo fora.


Ao contrário do que se possa pensar, a fantasia não é algo que contradiga a realidade, pois é perfeitamente possível desenhar e erguer edifícios simultaneamente reais e fantásticos. Um dos exemplos disso mesmo, são as construções projectadas pelo arquitecto austríaco já acima referido, Hunderwasser, que tanto desenhou prédios de habitação, como de escritórios, tal como centros comerciais ou hotéis, todavia, fosse qual fosse o tipo de edifício que desenhasse, fazia-o sempre com imaginação e fantasia.

Como é fácil de verificar pela imagem abaixo, Hunderwasser não deixou morrer em si a “criança-arquitecto”.


Ana Rute Costa é arquitecta, licenciou-se no Porto e depois foi trabalhar para o Reino Unido. Foi por lá, que conjuntamente com outras pessoas, desenvolveu um projecto pedagógico a que foi dado o nome de “ARCHIchild”.

O projecto foi implementado por muitas escolas do Reino Unido, mas também por países como a Coreia do Sul ou a Polónia, tendo sido apoiado por duas nobres instituições britânicas, a Norwich University of Arts e o Royal Institute of British Architects.
Os objectivos declarados desse projeto são que através da arquitectura, as crianças consigam desenvolver as suas capacidades para descobrir, observar, discutir, demonstrar, resolver problemas, experimentar e explorar. E que, desenvolvendo essas capacidades, aprendam a envolver-se e a deixar-se inspirar. Em resumo, que cresçam sem deixarem de ser aquilo a que nós aqui chamámos “crianças-arquitectos”.

Foi inclusivamente lançada uma brochura, na qual constam sugestões de actividades para atingir os referidos objectivos, vejamos algumas delas. A primeira intitula-se “Battle of Towers”. A ideia é simples, trabalhando em equipa, as crianças terão de construir a torre mais alta que conseguirem, mas isso de modo a que esta se mantenha estável. Para tal podem usar todo o tipo de materiais recicláveis que entenderem.

Esta actvidade cruza-se com áreas do currículo relacionadas com a matemática, com a arte, com a tecnologia, com a ciência e com a cidadania, desenvolvendo competências, como por exemplo, a capacidade de resolver problemas.


Uma outra actividade proposta, consiste em construir um labirinto trabalhando em grupo. Para tal, mais material não é necessário que umas quantas caixas, umas tesouras, papel de cartão e cola.
As crianças terão de pensar numa entrada e numa saída do labirinto e no modo como os corpos se moverão no interior dessa estrutura. Esta actividade requer o uso de competências, como por exemplo, o pensamento crítico.


Por fim, e para não sermos exaustivos, falamos-vos ainda de uma terceira actividade, sendo que esta consiste em que as crianças construam conjuntamente a mais longa ponte que conseguirem. Para o fazerem vão ter de tomar em consideração factores como a solidez, a textura e a estrutura dos materiais a usar, bem como os métodos requeridos para que a ponte cumpra a sua função.

Ao que parece, muitas das pontes construídas pelas crianças colapsam, no entanto, perceber as razões pelas quais tal sucedeu é tão importante como a própria construção em si, pois a capacidade para aprendermos com os nossos próprios erros é uma competência absolutamente fundamental.


Um dos maiores interesses do projeto “ARCHIchild” é a de que todas as construções erguidas pelas crianças são depois avaliadas em turma, ou seja, todos os colegas expressam a sua opinião relativamente ao trabalho por si realizado e pelo dos restantes alunos.

Vitrúvio viveu entre 80 a.C e 15 a.C, sendo dele o único tratado que chegou até aos nossos dias relativo à arquitectura clássica. Na realidade, o seu livro “De Architectura” formou e inspirou todos os arquitectos ao longo de séculos e séculos. Estabeleceu Vitrúvio para todo o sempre, que a avaliação de um edifício se fazia segundo três critérios: “utilitas" (utilidade), "venustas" (beleza) e "firmitas" (solidez).

É precisamente com base nesses três critérios, que as crianças avaliam os trabalhos realizados no âmbito do projeto “ARCHIchild”.


E pronto, por aqui ficamos, mas não sem antes vos deixarmos o link com a brochura que contém todas as atividades propostas pelo projecto “ARCHIchild”:

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Os professores vão fazer greve em 2023? Mas porquê? Pois se levam uma vida de bilionários e gozam à grande

  Aproxima-se a Fim de Ano e o subsequente Ano Novo. A esse propósito, lembrámo-nos que serão pouquíssimos, os que, como os professores, gozam do privilégio de festejarem mais do que uma vez num mesmo ano civil, o Fim de Ano e o subsequente Ano Novo. Com efeito, a larguíssima maioria da população, comemora o Fim de Ano exclusivamente a 31 de dezembro e o Ano Novo unicamente a 1 de janeiro. Contudo, a classe docente, goza também de um fim de ano algures no final do mês de julho, e de um Ano Novo para aí nos princípios de setembro.   Para os nossos leitores cuja agilidade mental eventualmente esteja toldada pelos tantos comes e bebes ingeridos na época natalícia, explicitamos que o fim do ano letivo é em julho e o início em setembro. É disso que aqui falamos, esclarecemos nós, para o caso dessa subtil alusão ter escapado a alguém.   Para além da classe docente, são poucos os que têm esta oportunidade, ou seja, a de ter múltiplas passagens de ano num só e mesmo ano...

Que bela vida a de professor

  Quem sendo professor já não ouviu a frase “Os professores estão sempre de férias”. É uma expressão recorrente e todos a dizem, seja o marido, o filho, a vizinha, o merceeiro ou a modista. Um professor inexperiente e em início de carreira, dar-se-á ao trabalho de explicar pacientemente aos seus interlocutores a diferença conceptual entre “férias” e “interrupção letiva”. Explicará que nas interrupções letivas há todo um outro trabalho, para além de dar aulas, que tem de ser feito: exames para vigiar e corrigir, elaborar relatórios, planear o ano seguinte, reuniões, avaliações e por aí afora. Se o professor for mais experiente, já sabe que toda e qualquer argumentação sobre este tema é inútil, pois que inevitavelmente o seu interlocutor tirará a seguinte conclusão : “Interrupção letiva?! Chamem-lhe o quiserem, são férias”. Não nos vamos agora dedicar a essa infrutífera polémica, o que queremos afirmar é o seguinte: os professores não necessitam de mais tempo desocupado, necessitam s...

Se a escola não mostrar imagens reais aos alunos, quem lhas mostrará?

  Que imagem é esta? O que nos diz? Num mundo em que incessantemente nos deparamos com milhares de imagens desnecessárias e irrelevantes, sejam as selfies da vizinha do segundo direito, sejam as da promoção do Black Friday de um espetacular berbequim, sejam as do Ronaldo a tirar uma pastilha elástica dos calções, o que podem ainda imagens como esta dizer-nos de relevante? Segundo a Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, no pré-escolar a idade média dos docentes é de 54 anos, no 1.º ciclo de 49 anos, no 2.º ciclo de 52 anos e no 3.º ciclo e secundário situa-se nos 51 anos. Feitas as contas, é quase tudo gente da mesma criação, vinda ao mundo ali entre os finais da década de 60 e os princípios da de 70. Por assim ser, é tudo gente que viveu a juventude entre os anos 80 e os 90 e assistiu a uma revolução no mundo da música. Foi precisamente nessa época que surgiu a MTV, acrónimo de Music Television. Com o aparecimento da MTV, a música deixou de ser apenas ouvida e pa...

Avaliação de Desempenho Docente: serão os professores uns eternos adolescentes?

  Há já algum tempo que os professores são uma das classes profissionais que mais recorre aos serviços de psicólogos e psiquiatras. Parece que agora, os adolescentes lhes fazem companhia. Aparentemente, uns por umas razões, outros por outras completamente diferentes, tanto os professores como os adolescentes, são atualmente dos melhores e mais assíduos clientes de psicólogos e psiquiatras.   Se quiserem saber o que pensam os técnicos e especialistas sobre o que se passa com os adolescentes, abaixo deixamos-vos dois links, um do jornal Público e outro do Expresso. Ambos nos parecem ser um bom ponto de partida para aprofundar o conhecimento sobre esse tema.   Quem porventura quiser antes saber o que pensamos nós, que não somos técnicos nem especialistas, nem nada que vagamente se assemelhe, pode ignorar os links e continuar a ler-nos. Não irão certamente aprender nada que se aproveite, mas pronto, a escolha é vossa. https://www.publico.pt/2022/09/29/p3/noticia/est...

A propósito de “rankings”, lembram-se dos ABBA? Estavam sempre no Top One.

Os ABBA eram suecos e hoje vamos falar-vos da Suécia. Apetecia-nos tanto falar de “rankings” e de como e para quê a comunicação social os inventou há uma boa dúzia de anos. Apetecia-nos tanto comentar comentadores cujos títulos dos seus comentários são “Ranking das escolas reflete o fracasso total no ensino público”. Apetecia-nos tanto, mas mesmo tanto, dizer o quão tendenciosos são e a quem servem tais comentários e o tão equivocados que estão quem os faz. Apetecia-nos tanto, tanto, mas no entanto, não. Os “rankings” são um jogo a que não queremos jogar. É um jogo cujo resultado já está decidido à partida, muito antes sequer da primeira jogada. Os dados estão viciados e sabemos bem o quanto não vale a pena dizer nada sobre esse assunto, uma vez que desde há muito, que está tudo dito: “Les jeux sont faits”.   Na época em que a Inglaterra era repetidamente derrotada pela Alemanha, numa entrevista, pediram ao antigo jogador inglês Gary Lineker que desse uma definição de futebol...

Aos professores, exige-se o impossível: que tomem conta do elevador

Independentemente de todas as outras razões, estamos em crer que muito do mal-estar que presentemente assola a classe docente tem origem numa falácia. Uma falácia é como se designa um conjunto de argumentos e raciocínios que parecem válidos, mas que não o são.   De há uns anos para cá, instalou-se neste país uma falácia que tarda em desfazer-se. Esse nefasto equivoco nasceu quando alguém falaciosamente quis que se confundisse a escola pública com um elevador, mais concretamente, com um “elevador social”.   Aos professores da escola pública exige-se-lhes que sejam ascensoristas, quando não é essa a sua vocação, nem a sua missão. Eventualmente, os docentes podem até conseguir que alguns alunos levantem voo e se elevem até às altas esferas do conhecimento, mas fazê-los voar é uma coisa, fazê-los subir de elevador é outra.   É muito natural, que sinta um grande mal-estar, quem foi chamado a ensinar a voar e constate agora que se lhe pede outra coisa, ou seja, que faça...

Luzes, câmara, ação!

  Aqui vos deixamos algumas atividades desenvolvidas com alunos de 2° ano no sentido de promover uma educação cinematográfica. Queremos que aprendam a ver imagens e não tão-somente as consumam. https://padlet.com/asofiacvieira/q8unvcd74lsmbaag

Pode um saco de plástico ser belo?

  PVC (material plástico com utilizações muito diversificadas) é uma sigla bem gira, mas pouco usada em educação. A classe docente e o Ministério da Educação adoram siglas. Ele há os os QZP (Quadros de Zona Pedagógica), ele há os NEE (Necessidades Educativas Especiais), ele há o PAA (Plano Anual de Atividades), ele há as AEC (Atividades de Enriquecimento Curricular), ele há o PASEO (Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória), ele há a ADD (Avaliação do Desempenho Docente), ele há os colegas que se despedem com Bjs e Abc, ele há tantas e tantas siglas que podíamos estar o dia inteiro nisto.   Por norma, a linguagem ministerial é burocrática e esteticamente pouco interessante, as siglas são apenas um exemplo entre muitos outros possíveis. Foi por isso com surpresa e espanto, que num deste dias nos deparámos com um documento da DGE (Direção Geral de Educação) relativo ao PASEO, no qual se diz que os alunos devem “aprender a apreciar o que é belo” .  Assim, sem ...

Dar a matéria é fácil, o difícil é não a dar

  “We choose to go to the moon in this decade and do the other things, not because they are easy, but because they are hard."   Completaram-se, no passado dia 12 de setembro, seis décadas desde que o Presidente John F. Kennedy proferiu estas históricas palavras perante uma multidão em Houston.  À época, para o homem comum, ir à Lua parecia uma coisa fantasiosa e destinada a fracassar. Com tantas coisas úteis e prementes que havia para se fazer na Terra, a que propósito se iria gastar tempo e recursos para se ir à Lua? Ainda para mais, sem sequer se ter qualquer certeza que efetivamente se conseguiria lá chegar. Todavia, em 1969, a Apolo 11 aterrou na superfície lunar e toda a humanidade aclamou entusiasticamente esse enorme feito. O que antes parecia uma excentricidade, ou seja, ir à Lua, é o que hoje nos permite comunicar quase instantaneamente com alguém que está do outro lado do mundo. Como seriam as comunicações neste nosso século XXI, se há décadas atrás ninguém tive...

És docente? Queres excelente? Não há quota? Não leves a mal, é o estilo minimal.

  Todos sabemos que nem toda a gente é um excelente docente, mas também todos sabemos, que há quem o seja e não tenha quota para  como tal  ser avaliado. Da chamada Avaliação de Desempenho Docente resultam frequentemente coisas abstrusas e isso acontece independentemente da boa vontade e seriedade de todos os envolvidos no processo.  O processo é a palavra exata para descrever todo esse procedimento. Quem quiser ter uma noção aproximada de toda a situação deverá dedicar-se a ler Franz Kafka, e mais concretamente, uma das suas melhores e mais célebres obras: " Der Prozeß" (O Processo) Para quem for preguiçoso e não quiser ler, aqui fica o resumo animado da Ted Ed (Lessons Worth Sharing):   Tanto quanto sabemos, num agrupamento de escolas há quota apenas para dois a cinco docentes terem a menção de excelente, isto dependendo da dimensão do dito agrupamento. Aparentemente, quem concebeu e desenhou todo este sistema de avaliação optou por seguir uma de...