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Ainda por cima, isto!


Decidimos que o texto de hoje, teria por título a frase “Ainda por cima, isto! “, no entanto, não pensámos em mais nada. Ou seja, pensámos no título e pronto. Sendo que o problema que agora se nos coloca, é como arranjarmos qualquer coisa para dizermos, que tenha alguma relação com o título previamente escolhido.

Quando dizemos “Ainda por cima, isto!”, pode parecer que estamos zangados ou incomodados com algo ou alguma coisa que nos sucedeu, mas não. Em boa verdade, não estamos zangados ou incomodados com absolutamente nada.

Sim, está um bocadinho de frio, mas cá está, como é uso dizer-se, é o tempo dele, e, assim sendo, tal não é razão suficiente para andarmos zangados ou incomodados. A bem dizer, há no mundo sítios mais frios, e não é por isso que as pessoas andam por lá todas chateadas ou irritadas. Se elas não andam, porque andaríamos nós?

Como já terão percebido, já conseguimos escrever três parágrafos e ainda não dissemos nada de aproveitável, o que significa que vamos no bom caminho. Com alguma sorte, vamos conseguir escrever um longo texto, sem dizer absolutamente nada que valha a pena.

Que ninguém pense, que desejamos alcançar tal objectivo, ou seja, o de escrever um longo texto, sem dizer absolutamente nada que se aproveite. Se porventura tal acontecer, ficam já a saber, que foi por um mero acaso, e não porque intencionalmente o quiséssemos fazer.

O nosso real objectivo é outro, a saber, dar conteúdo ao título “Ainda por cima, isto!”.

Ora bem, aqui chegados, muito haveria para dizer, todavia, nada nos ocorre para dizer. É uma pena nada nos ocorrer para dizer, pois caso algo nos ocorresse, teríamos todo o gosto em dizê-lo.

Talvez neste momento, fosse adequado apresentarmos uma imagem. É certo que essa imagem virá a propósito de nada, uma vez que ainda nada dissemos, mas no entanto, e mesmo sendo esse o contexto, abaixo, aqui fica a dita.

“Ainda por cima, isto!" é uma expressão idiomática que significa "além disso", "para cúmulo", "para agravar", "para coroar", indicando que algo extra, muitas vezes negativo ou surpreendente, se adiciona a uma situação já existente. Em estilo irónico, também se costuma dizer, “Isto é a cereja no topo do bolo”.

Como já terão reparado, no penúltimo parágrafo antes deste presente, dissemos que íamos apresentar uma imagem, e depois nada. A explicação é simples, pensámos profundamente sobre assunto, e concluímos que era mais adequado apresentarmos a imagem agora.

Assim sendo, agora sim, abaixo, aqui fica uma imagem, que no caso é a de uma obra escultórica de Claes Oldenburg, e cujo título é Spoonbridge and Cherry. A obra encontra-se num jardim público de Minneapolis, cidade que fica lá para o meio dos Estados Unidos.


Como todos terão verificado, na imagem acima há uma cereja, facto que é relacionável com a expressão “a cereja no topo do bolo”. Mas uma vez constatado esse pertinente facto, não vale a pena dizermos mais nada acerca desse assunto, e por assim ser, avancemos.

Todavia, será que vale a pena dizer algo mais neste texto, acerca seja lá do que fôr? A nosso ver sim, não sabemos é o quê. O mais que sabemos, desde início, é que queremos dar conteúdo ao título, “Ainda por cima, isto!”.

Dizem por aí, que no Japão, a época das cerejeiras em flor, é a mais linda do ano. Dizemos nós, por aqui, que é bem capaz de o ser. Mas em qualquer dos casos, seja ou não seja, o Japão fica tão longe daqui e de nós, que não vale a pena falarmos mais disso.

Vale então a pena, falarmos do quê? Do nosso título, “Ainda por cima, isto!”, ao qual queremos dar algum conteúdo. Assim sendo, vamos em frente, que para trás não é caminho.

Há na verdade, muito quem diga que para trás não é caminho, mas dizem-no porquê? Se calhar, para trás, até é caminho. Imaginem por exemplo, que voltávamos ao início deste texto, lá mesmo ao começo de tudo isto.

Caso façam esse exercício de imaginação e voltássemos ao princípio, o parágrafo que neste preciso momento estariam a ler, seria o seguinte: Decidimos que este texto, teria por título a frase “Ainda por cima, isto! “, no entanto, não pensámos em mais nada. Ou seja, pensámos no título e pronto. O problema que agora se nos coloca, é como arranjarmos qualquer coisa para dizermos, que tenha alguma relação com o título previamente escolhido.

Viram, afinal por vezes, vale a pena voltar atrás. Digam lá que não teve o seu interesse, reler o início deste texto? Sim, pronto, talvez não tenha sido assim tão interessante, mas dito isto, mesmo andando para trás, lá avançámos mais um bocado e já aqui chegámos.

Cremos que este é o momento de nos darem os parabéns, pois mesmo sem nada termos dito até ao presente, já vamos para aí no vigésimo parágrafo, é obra. Se sem nada para dizermos estamos a avançar tão bem, imaginem lá o que seria, se porventura efectivamente tivéssemos algo para dizer.

Se assim fosse, se tivéssemos algo para dizer, certamente que este texto seria uma coisa de grande categoria. Ou não, logo se veria. Com efeito, não raras vezes, o melhor é não se ter mesmo nada para dizer.

Esperamos que com tudo isto, não estejamos a aborrecer quem nos lê, mas por via das dúvidas, aqui fica mais uma imagem para animar. No caso, uma obra de John Baldessari, cujo título é I Will Not Make Any More Boring Art.



“Ainda por cima, isto!”, é o título que hoje nos surgiu, e ao qual queremos dar um qualquer conteúdo, contudo, está difícil.

Não sabemos se já repararam, mas está mesmo frio. Avancemos, que a nós o frio não nos detém. Dito isto, avancemos para onde?

É uma pergunta legítima, a nossa. É fácil dizer avancemos, se logo à partida, tivermos um destino traçado para onde nos dirigirmos, agora avançar assim à balda, sem mais nem porquê, e não sabendo para donde, para isso é preciso uma enorme coragem e determinação. Dito isto, avancemos, que a nós ninguém nos trava.

Na realidade, há muito quem nos pare, no entanto, quisemos fazer uma declaração heróica e de enorme bravura, e por isso dissemos que ninguém nos trava, mesmo não sendo tal verdade. Assim sendo, avancemos, mas desta vez mais humildemente e com uma certa cautela.

Já agora, e antes de avançarmos, sempre vos dizemos, que gostamos muito da montagem fotográfica abaixo, que é da autoria de David Hockney, e cujo título é “Pearlblossom Highway”.


Neste texto têm aparecido imagens de obras de artistas norte-americanos, como as de Claes Oldenburg ou John Baldessari, ou então, sendo a obra de um artista britânico, como é o caso da de David Hockney, ainda assim, a temática é norte-americana. Foi um acaso, mas calha bem com o que vamos de seguida dizer.

Há um romance de Jack Kerouac (1922-1969), cujo título original é “On The Road”. Foi escrito nos anos 50 do século XX, e relata-nos a experiência do autor ao viajar pelas estradas da América, numa aventura sem fim, onde o que conta é a viagem e não o destino.

É um romance pleno de paixão por tudo o que existe, em que os personagens vão sem rota traçada, atravessando uma América vibrante, envoltos nos sons do jazz, e ébrios de amor, de bebida e de outras substâncias tóxicas.

Uma das frases mais célebres deste romance, é esta que se segue: “Nothing behind me, everything ahead of me, as is ever so on the road.”

Este ir sem destino, simplesmente “On The Road”, transforma-se incrivelmente numa espécie de experiência mística: “As we crossed the Colorado-Utah border I saw God in the sky in the form of huge gold sunburning clouds above the desert that seemed to point a finger at me and say, ‘Pass here and go on, you’re on the road to heaven.”

Não é que queiramos comparar este nosso presente texto, com “On The Road”, longe de nós tal pretensão, no entanto, mesmo não acreditando que quem nos lê vá ter uma experiência mística, ninguém nos pode dizer, que esta referência literária, não tenha vindo a propósito.


Mas voltemos ao nosso ponto de partida, que relembre-se, era arranjar algum conteúdo para corresponder ao título “Ainda por cima, isto!”.

Alguém pode querer acusar-nos de andarmos estrada afora, falando disto e daquilo, deambulando por aqui e por acolá, mas que ao ponto, é que nunca vamos. Talvez seja uma acusação justa, contudo, não somos os primeiros a fazê-lo, e por assim ser, defendemo-nos de tal acusação, reclamando a nossa condição de herdeiros menores do escritor inglês Laurence Sterne (1713-1768).

Laurence Sterne escreveu um livro que haveria de ficar para a história da literatura, “A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy". A narrativa é simples, Tristram Shandy, o principal personagem, propõe-se contar-nos a sua vida.

Porém, o que sucede, é que sempre que Tristram Shandy inicia a narrativa da sua vida, surge-lhe um outro assunto, lembra-se doutra coisa qualquer, aborda um diferente tema, e o facto é que nunca anda para a frente, jamais avança.

A obra de Laurence Sterne é construída a partir da ideia de que não há pressa, que antes de se ir ao ponto, há tempo para se falar sobre uma série de outras coisas. Ainda para mais, há no livro passagens com sequências de dezenas de asteriscos, páginas em branco, travessões de vários tamanhos, a pontuação é irregular, aparecem duas páginas totalmente negras depois do epitáfio de um personagem, e para cúmulo faltam-lhe capítulos.

Escusado será dizer, que o livro termina sem que Tristram Shandy nos tenha contado a história da sua vida, todavia conseguiu um feito maior, ou seja, conseguiu não contar a história da sua vida em largas centenas de páginas.

Abaixo uma fotografia da página 69, onde se inicia o capítulo XVIII de “A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy". É uma página em branco, a que outras se seguem.



Feita mais esta digressão literária, voltemos ao ao título “Ainda por cima, isto!”. A bem dizer, se calhar o melhor é ficarmos-nos por aqui, pois já percebemos que não temos efectivamente conteúdo algum para darmos a tal título.

E pronto, assim sendo, só nos resta encerrar este texto, claro que podíamos continuar a dissertar estrada afora, mas a verdade é que está frio e não nos apetece, fica para a próxima.

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